Em meio às discussões sobre os aspectos morais, éticos e legais que envolvem a polêmica punição aplicada à Portuguesa e Flamengo por conta da escalação de jogadores suspensos na última rodada do Brasileiro, surge um novo e importante personagem: o italiano Paolo Lombardi.
O advogado levado pelo colega Michael Assef Filho, que defendeu o clube carioca, fez parte do corpo jurídico da Fifa no painel que julgou a punição que o SJTD aplicou a Dodô no caso de dopping por substâncias ilegais.
Lombardi chegou ao Brasil na manhã de segunda-feira e voltou pata a Itália na noite do mesmo dia um tanto quanto impressionado com o entendimento dos auditores do tribunal em duas questões.
A primeira, com relação a retirada dos quatro pontos de Portuguesa e Flamengo, ignorando o Artigo 30 do código disciplinar do Estatuto da Fifa, que zela pelo “princípio da regularidade e da integridade da competição”.
Ou seja: se fosse julgado pelo CAS, corte maior do esporte, em Lausanne, na Suíça, os dois clubes talvez fossem punidos com a perda do ponto conquistado em campo e penalizados com a subtração de outros três pontos no Brasileiro de 2014.
E a segunda inquietude vem da interpretação dos auditores no caso específico da punição imposta ao Flamengo.
Para Lombardi, o tribunal teria ignorado o regulamento da entidade maior, abolindo o já instituído o dogma da punição automática evocado pelo clube carioca na defesa de André Santos.
Enfim, para a Fifa, CBF e STJD formam um só corpo e justamente por isso, talvez, o presidente José Maria Marín, em viagem ao Marrocos, tenha manifestado sua contrariedade com a decisão do STJD, promovendo o rebaixamento da Portuguesa e salvando o Fluminense de uma nova queda.
A impressão que fica é a de que se o resultado não for reconsiderado no Tribunal Pleno, o imbróglio poderá chegar ao CAS.
Seria a revirada da mesa?
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira