A Fifa quer liberar replays de lances polêmicos em estádios juntamente com o árbitro de vídeo. O modelo ainda não está finalizado, mas a ideia é mostrar para o torcedor por que o árbitro tomou determinada decisão. Esse sempre foi um tabu para a federação internacional que proíbe a exibição de lances de marcação difícil para o árbitro.
O modelo de árbitro de vídeo ainda está em discussão dentro da Fifa e da International Board. Houve o primeiro teste no Mundial de Clubes no Japão. Mas entidades como a CBF ainda questionam o projeto da federação internacional e haverá outros ajustes em teste.
Entre os pontos controversos, está o uso de vídeo pelo árbitro que está em campo. A Fifa defende essa ideia, a CBF é contra e pretende argumentar para impedir isso. Outra questão é sobre o uso do árbitro de vídeo em lances de interpretação. De novo, a Fifa é a favor, e a confederação é contra. A confederação vai insistir na sua tese em encontros com a International Board em fevereiro.
Mas há um ponto em comum: ambas as entidades preveem liberar o replay de lances controversos nos estádios. No caso da Fifa, a ideia é até mais avançada: ter uma câmera acompanhando o árbitro enquanto ele toma a decisão. É supreendente para uma entidade que proibia que países-sede de Copa do Mundo exibissem replays de lances controversos no estádio. Queria evitar reações adversas da torcida contra o juiz, temente protestos.
A CBF simplesmente pretende liberar o replay para o torcedor poder constatar o mesmo que o juiz de vídeo analisou. No Brasileiro, também se evita a exibição de lances polêmicos em telões, ou câmeras que revelem impedimento.
Mas ainda não é certa a implatação do árbitro de vídeo no Brasileiro-2017. O principal empecilho continua a ser a alegação da entidade de que faltam recursos porque o sistema é caro. Os gastos são estimados em R$ 15 milhões, e a CBF tem receita estimada em R$ 500 milhões nos últimos anos. Já há quem fale dentro da entidade em adiar o árbitro de vídeo para 2018.
Fonte: Rodrigo Mattos | UOL
A CBF nunca vai ser a favor de ter um impeditivo para suas armações com os árbitros das partidas para beneficiar os clubes com os quais tem conchavo.
Por isso ela sempre vai ser contra o árbitro de vídeo poder interferir na interpretação do juiz de campo sobre um pênalti, por exemplo.
(Bola na mão ou pênalti? Expulsa ou não goleiro que fez falta no atacante fora da área sendo o último homem? Depende dos interesses).