Há vida no Flamengo sem o Maracanã? Talvez. O clube só não sabe exatamente aonde. Erguer um estádio próprio depende de boa vontade política. Hoje, há pelo menos cinco opções na mesa da diretoria. Cada uma dependendo de um ente federativo e de uma administração pública diferente. Além do melhor projeto, o clube avalia a melhor localização. A Arena da Ilha, alugada por até cinco anos, dará tempo para tirar a ideia do papel.
O Maracanã ainda é a preferência número um. A cargo do Governo do Estado, o clube só aceitar voltar às negociações se uma nova licitação for lançada. Ao fincar essa bandeira, se vê obrigado a encontrar soluções. Por isso, estuda projetos para arenas de 45 mil pessoas em outros pontos do Rio.
Há alternativas em Niterói, que depende da prefeitura da cidade, na Gávea, em conversa com a Prefeitura do Rio, na área do Parque Olímpico, na Barra, sob jurisdição do Governo Federal. Além disso, um projeto em Pedra de Guaratiba trazido pelo ex-candidato a presidente Mauricio Rodriguez, que sofre resistência pela localização, assim como opções na Baixada Fluminense.
A diretoria do Flamengo informou, através do departamento de comunicação, que vem estudando e analisando com profundidade e responsabilidade diversos projetos, buscando a melhor solução definitiva.
“Tão logo haja uma definição sobre o projeto mais adequado, o Conselho Diretor (CODI), cumprindo suas prerrogativas estatutárias, levará o mesmo para apreciação dos demais conselhos do clube”, diz a assessoria do clube.
Associação de Moradores não concorda
A direção dá prioridade hoje ao projeto da Gávea, sede do Flamengo, mas enfrenta resistência da associação de moradores do bairro, apesar das novas estações de metrô. Evelyn Rosenzweig, presidente da Associação de Moradores do Leblon, avisa que a ideia de um estádio acústico não basta.
— Soubemos do projeto. Fechar aquela área, mudar a paisagem, é questão urbanística, não só barulho. Atrair dois domingos por mês vinte mil pessoas não é agradável. É um bloco de carnaval. Não é interesse nosso — pondera a moradora, que pretende, através da associação, interpelar novamente o clube depois de não ter resposta no caso da arena multiuso.
— Tem muitos sócios que sabem que existem opções. Essas pessoas precisam ser ouvidas — pede Evelyn.
Ex-candidato diz que interesses pessoais guiam escolha
À frente do projeto em Guaratiba, Mauricio Rodrigues, filho do ex-presidente Hélio Mauricio, deu contornos de política interna do clube ao tema. O conselheiro fez insinuações nos últimos dias de que os projetos atenderiam interesses pessoais e disse que o seu foi vetado por isso.
“Impedir-me de apresentá-lo deixa no ar a desconfiança de estar contrariando interesses pessoais”, escreveu Mauricio Rodrigues no seu Facebook. Procurado pela reportagem, Mauricio manteve a posição:
— Antes alegavam que a prioridade era o Maracanã. Agora estão falando em estádio na Gávea. A verdade é que meu projeto contraria grandes interesses pessoais. Não deveria ser assim, o Flamengo tem que estar acima de pessoas e grupos — afirmou.
Segundo ele, o grupo em questão o impede de mostrar o projeto no Conselho Deliberativo. O presidente do Conselho, Rodrigo Dunshee de Abranches, explica que a diretoria precisa aprovar os projetos antes de mandá-los para votação.
— A diretoria que tem competência legal e estatutária para encaminhar projetos para o Conselho Deliberativo do Flamengo. Se a diretoria não se interessa o conselheiro nada pode fazer a respeito disso. A gestão é da diretoria. Repito, cabe a ela encaminhar os projetos. Mas se ele quiser ir lá um dia falar sobre o projeto eu não tenho nada contra. Só a diretoria pode pedir que um projeto seja votado. Pois, cabe a ela analisar as propostas e depois de aprovado gerir a obra e as finanças da obra — explicou Dunshee.
A diretoria alegou, por sua vez, que em todos os casos são sempre levados em consideração critérios técnicos e institucionais, e que o projeto de Guaratiba foi analisado ano passado. O Flamengo conversa com a Prefeitura do Rio para que sejam atendidos os critérios. A subsecretária de Esporte Patricia Amorim, ex-presidente do clube, é quem está à frente das reuniões.
“A Prefeitura do Rio tem sido extremamente receptiva e tem demonstrado muito boa vontade com as pretensões do Flamengo. No entanto, é claro que ela irá agir com todo o rigor técnico que o trato da coisa pública exige. O Flamengo, como clube cidadão e sempre preocupado com o interesse da população, obviamente apoia incondicionalmente essa postura”, diz a comunicação do clube.
A Prefeitura não se posicionou.
Fonte: Extra
O assunto é delicado e exige tempo. Qual lugar será situado? Capacidade do público? Acesso? Área pra estacionamento? O estádio terá atividades quando não tiver em uso desportivo?
A localização será definitiva, por isso e precisam e de toda a calma. Ainda que possa não me agradar ou a muitos, fecho com a localização que vier a ser escolhida.
E na Gávea/Lagoa eu acho dificílimo. A área é super valorizada. A alta classe sócio econômica brasileira reside ali. Não querem ver torcida de futebol “invadindo” o espaço deles. Questão de preconceito mesmo. Como dito na reportagem, “carnaval a cada 2 domingos”.
Belíssimo Comentário. A nata da sociedade reside aí. Fla já tinha esse terreno para estádio há anos… O Problema foi que o Flamengo devia ter estruturado essa área cedo, mas faltou $$$ Hoje esses caras estão com a faca e o queijo na mão.
O Flamengo é Clube de massa, acredito que seria muito mais vantajoso a construção de um estádio na baixada, com certeza os custos seriam menores e certeza de casa cheia em todos os jogos.
Até o final do ano já estará tudo resolvido. Ano que vem devemos começar as obras.
Gostaria de saber se a associação de moradores do engenho novo foi consultada na construção do Engenhão. Gostaria de saber se a associação dos moradores de Deodoro também foi ouvida na construção dos equipamentos olímpicos. E a associação dos moradores do autódromo?? Foram retirados de maneira categórica para construção do parque olímpico. No Leblon, não haverá nenhuma desapropriação e a associação de moradores parece ter força de veto! Por que será? Será é porque lá moram juízes, desembargadores, pessoal da imprensa e etc. Esse país é uma MERDA!!!!
Meu amigo quem mora no Leblon? Juízes, procuradores e pessoas graúdas, você acha que é à toa que eles tanta “influência”?
Vc realmente leu o que escrevi? Acho que não.
So esqueceu de um detalhe ali foram obras publicas e o governo pode alegar isto para desapropriar pessoas e pagar o valor que quer anos depois, no caso de uma obra do flamengo e algo particular, fora que como ja foi dito na gavea os moradores de la tem mais poder aquisitivo o problema ali e como vc disse a influencia dos moradores que sao de classe alta que travam isto
Só no Rio que uma associação de moradores tem tanto poder. Não tem Prefeito ai não? Que absurdo.
O Flamengo precisa rever os seus conceitos. Já vai fazer a troca do Morro da Viúva. Isso é excelente.
Agora precisa trocar ou vender a Gávea que é um local muito valorizado, podendo com o dinheiro construir a sua sede em outro local. A Gávea está pequena para o tamanho do Flamengo.
Faria um bem danado ao Flamengo ir para outro município dentro do Rio de Janeiro. Haveria menos regulamentações a serem cumpridas.
Acredito que Niterói seria uma boa.
Se o Flamengo vender a Gávea, no dia seguinte alguma construtora enfia uns 10 arranha céus goela abaixo dessa associaçãozinha de merda!
Seria ótimo!
Impossível vender a sede da Gávea por ter sido uma doação sob condição de uso apenas para práticas esportivas pela prefeitura do Rio, na década de 30…
Acredito que baseado nisso, o projeto de shoping na gávea, no ano de 1995 foi barrado…
Gostaria de consultar alguém com embasamento jurídico para saber qual a justificativa para tanto poder de uma associação de moradores…
O Palmeiras derrubou seu estádio e fez outro novo, também em área nobre e densamente povoada, apesar dos apelos contrários da associação de moradores local.
Não conheço nenhum caso no mundo de alguma obra que fosse impedida de ser feita por associação de moradores, sem que houvesse uma justificativa muito grave.
Barulho, trânsito e aglomeração de pessoas não são justificativas aceitáveis! O Rio é uma das maiores metrópoles do mundo e isso é do cotidiano!
Se o cara quer ar puro e grilos cantando que vá morar na roça!
Para mim no fundo, isso tudo não passa de clubismo… Torcedores rivais querendo impedir o Flamengo de crescer… Sempre foi assim no Rio!
jurídico nenhum, mas leve em consideração que a nata da sociedade carioca vive ali, e os políticos não querem problemas com essas pessoas, uma vez que quem financia as campanhas politicas com doações generosas são essas pessoas portanto nenhum politico vai contra eles aprovando tal construção.
Acrescentando, os próprios juízes e desembargadores moram na área.
Eu vi a entrevista do Mauricio Rodrigues, explicando e detalhando como seria a construção do estádio em guaratiba projeto com estádio, hotel e shopping sem custos ao flamengo, eu gostei muito do projeto e não intendo o motivo de não ser levado ao conselho para votação, também gostei muito do terreno em Niterói e pelas noticias que foram divulgadas tem o apoio do prefeito de lá, acho que seriam essas as melhores opções.
Onde vc viu? Presencialmente ou pelo Youtube, etc.?
No facebook dele.
vi no Youtube, blogue ser flamengo. só procurar por Mauricio Rodrigues estadio próprio do Flamengo tem a entrevista com uma hora e 24 minutos. vale apena ver.
Também vi esse projeto de Guaratiba. Gostei muito também, mas parece que tem um grupo impedindo esse projeto de chegar ao Conselho Deliberativo.
Se vai construir um estadio porque vai ficar sem o Maracanã, então tem que ser pra mais 60 mil pessoas, sendo assim esqueçam a Gávea, pois a arena do basquete é um bom exemplo, é pra menos de 3 mil pessoas se não me engano e não é construída nunca!
Sobre a localização pra construir um estadio, na minha opinião o melhor lugar seria na Barra da Tijuca, não entendo nada do assunto mas acho que nessa localidade seria fácil até pra conseguir um Naming Rights pro estadio!
Esqueçam a Gávea!! Mesmo que consigam vai demorar anos, tem muitos fatores contra!!! Se concentra na Barra que é a melhor opção pra uma arena pra 50 mil pessoas!
Barra e Caxias seriam as melhores opções em termos de terreno e acesso, mas em termos de atrair gente, patrocinio, turismo e etc, a Barra é disparada a melhor opção, e o Parque Olimpico o melhor local….não podem nem alegar que não comporte estádio, porque chegou a receber 100 mil pessoas por dia durante as Olimpiadas…
Inclusive, vi uma reportagem que mostrava o quanto o uso daquelas Arenas simplesmente não existe. Se querem realmente dar uma função válida àquela área, um Estádio seria o ideal; será que a associação de moradores também iria se indispor?. No Leblon pode ter um Shopping, que certamente traz algum impacto na vida do bairro, mas um Estádio não pode. Sorte tem o Jockey Club, de ter surgido anteriormente a esta postura, de ter aquele pedaço da Cidade, como se fosse um “distrito dos bem-nascidos”. Já vi moradores daquela região, até contra melhorias de acesso público ao bairro. Mas como tudo evolui, lembremos que na época do Império, o grande point da Cidade era São Cristóvão e adjacências. Acho que o Parque Olímpico seria sim uma evolução, área muito mais racional, que o “Principado do Leblon”.
SRN
Os moradores locais jamais reclamariam da construção de um Jockey Clube se fosse hoje, pois é um esporte elitista, não de massa. Mesma coisa os torneios de tênis serem lá. Já o futebol…