Um dos argumentos em defesa dos estaduais é que dá a chance ao time de menor investimento de receber os grandes em seus estádios, movimentar a cidade e renovar as gerações de torcedores locais.
O Linense, com problemas no ”Gilbertão”, aceitou jogar as duas partidas das quartas de final contra o São Paulo no Morumbi para faturar com a divisão da renda líquida das duas partidas. Também pensando no segundo semestre sem a certeza de ter uma competição para disputar.
Fruto exatamente da nossa estrutura federativa que incha os torneios regionais e não se preocupa em permitir que todos os clubes tenham uma divisão a disputar, ainda que regionalizada numa fase inicial.
Uma escolha que abre um precedente perigoso. Se o jogo tiver apelo para o grande e certeza de estádio cheio, o clube de menor investimento pode fazer barganha com algo que faz parte da essência da competição: a chance de vencer em seus domínios.
Outro argumento para a manutenção desse elefante branco no calendário nacional é a emoção dos clássicos, reforçando as rivalidades e garantindo confrontos que podem não acontecer nos campeonatos nacionais.
Pois o esdrúxulo regulamento do Carioca pode fazer com que as semifinais da Taça Rio signifiquem absolutamente nada para os clubes, sem influenciar na classificação final que define os semifinalistas do campeonato. Basta que Vasco e Botafogo confirmem suas vagas no fim de semana. Inclusive a ordem das equipes não seria alterada.
Isso sem contar o absurdo do Fluminense vencer também o segundo turno e não ser declarado o campeão. O tricolor já declarou que a Copa Sul-Americana é prioridade, Flamengo e Botafogo estão envolvidos com Libertadores e o Vasco só não tem outra competição para dar mais importância porque foi eliminado da Copa do Brasil pelo Vitória. Só resta a busca do tricampeonato como prêmio de consolação.
Em 2017 o estadual não tem servido nem para dar uma ilusão de força ao time grande rebaixado à Série B. O Internacional conseguiu a ”proeza” de se classificar em sétimo na primeira fase do campeonato gaúcho.
Pode até conquistar o hepta no mata-mata, até porque o Grêmio prioriza a Libertadores, mas a equipe de Antonio Carlos Zago comandada em campo por D’Alessandro não transmite a mínima confiança para seu torcedor. Nem forçando muito a barra dá para se enganar.
Para que servem mesmo os estaduais?
Fonte: André Rocha | UOL
Nossa, servem para tanta coisa:
Servem para as federações manterem seu poder sobre os clubes, servem para as federações lucrarem mais que os clubes, servem para os clubes perderem tempo disputando jogos que não valem nada, servem para inchar o calendário brasileiro, servem para presidentes enganarem torcedores trouxas com um título inexpressivo, servem para derrubar técnicos que ainda nem conhecem o grupo, servem para a CBF agradar o seu colegiado e servem para o torcedor refletir um pouco mais sobre a situação atual dos que comandam o futebol no país.
Então, servem ou não servem para algo?
SRN #BoicoteAoCarioca
Eu ia responder, mas vc já escreveu tudo. Obrigado por me poupar o trabalho
O interessante é que se metermos um sarrafo nas flores um monte de idiotas irão dizer que era contra um time de reservas. Se perde, não presta e fora Zé. Não dá pra entender certas pessoas.