A CBF emitiu nesta semana um alerta aos filiados para evitar a perda da credibilidade da arbitragem nacional. Segundo a De Prima apurou, a entidade está de olho em um “espertinho” que atua em duas frentes: ele tenta criar “armadilha” para árbitros e, posteriormente, coloca em xeque diante de clubes e federações a lisura da turma do apito.
O esquema consiste em um contato feito por um homem dizendo a determinado árbitro que há uma encomenda para ele em alguma parte do país, mais costumeiramente na região Nordeste. Se o árbitro “cai” e faz contato com o suposto “dono” da encomenda, um segundo indivíduo que atua no esquema, então o “malandrinho” autor do aliciamento inicial (com o registro desse contato entre árbitro e dono do “presente”) aciona outra parte da equação, em geral algum clube, dizendo que a arbitragem foi comprometida e está recebendo vantagens indevidas.
Em carta assinada pelo corregedor da arbitragem, Edson Rezende, a CBF citou a preocupação com a existência dessas de denúncias de que, em competições anteriores, “ocorreram contatos de terceiros com dirigentes de clubes, dando conta de possíveis favorecimentos concedidos a componentes da arbitragem”. No texto, Rezende faz questão de ressaltar aos filiados que “não acreditem nestas possíveis ações criminosas”.
O corregedor da CBF solicita ainda o apoio para que, caso haja conhecimento de episódios em que esses aliciadores estejam atuando, uma denúncia seja feita para uma identificação devida dos envolvidos.
Além da carta às federações, a CBF também emitiu uma circular aos árbitros para alertar sobre a ameaça. Os próprios árbitros contaram ao comando do apito nacional essa situação, que não é nova.
Um inquérito em âmbito judicial no estado de Santa Catarina apura essa operação. O responsável por essa “armadilha” tinha sumido, mas voltou a atuar. O nome não foi divulgado para não prejudicar a investigação. As autoridades judiciais e esportivas estão em alerta.
Fonte: Blog de Prima/Lance