Foram quatro finalizações, três no alvo, todas nas redes. Apenas 20 toques na bola, três deles para marcar os gols que levaram o Flamengo à goleada de 4 a 0 que eliminou o Botafogo da Copa do Brasil. E um pênalti sofrido que possibilitou a Leonardo Moura deixar seu tento no dia em que completou 35 anos. Assim os números resumem a participação crucial de Hernane no clássico.
Mauro Cezar Pereira rasga elogios à Hernane: “Não treme.”
![](https://colunadofla.com/wp-content/uploads/2013/10/hernane2.jpg)
O Brocador, como ele mesmo se apelidou pouco depois de chegar à Gávea, parece mais confiante do que nunca. Não treme diante do goleiro adversário, não perde chances, decide jogos. A ponto de ofuscar levemente Paulinho, que fez soberba atuação como ponta-esquerda, ele que habitualmente ocupa a faixa direita da cancha. Ali foi escalado por Jayme de Almeida para ajudar André Santos em sua volta à lateral. Foi além e infernizou o adversário.
O técnico do Flamengo montou bem o time mais uma vez, aprimorou o bom trabalho deixado por Mano Menezes. E manteve a humildade. Fica evidente a cada bom jogo dos rubro-negros que Jayme não só tem trabalhado bem na estruturação de sua equipe, como dá mais confiança aos seus atletas. E isso explica, em parte, a segurança de Paulinho ao ir para cima do adversário e driblar (o fez oito vezes na peleja) e a confiança de Hernane ao finalizar.
Jogadores desconhecidos, pouco valorizados, oriundos de pequenos times do interior de São Paulo, que crescem vestindo uma camisa pesada. Isso sob o comando de um antigo jogador do clube que se tornou novo técnico numa situação circunstancial e faz o desempenho melhorar. Tudo sem a vaidade excessiva de alguns “professores”, com simplicidade e eficiência. O Flamengo, que por tantas vezes transpirou arrogância e auto-suficiência, hoje é o time dos humildes. Bacana.
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Brocador prometeu e cumpriu, aliás, foi além da promessa ao alcançar 31 tentos em 2013 na goleada sobre o Botafogo. Ele prometera 30 no começo da temporada. Pato perdeu, pateticamente, um pênalti que ajudou a eliminar o Corinthians da Copa do Brasil. Displicente, parecendo pouco preocupado, dando a sensação de sequer saber exatamente o tamanho da responsabilidade em seus pés.
E custou € 15 milhões, cerca de R$ 40 milhões na época. Se Hernane é o centroavante de melhor relação custo-benefício do momento, Alexandre Pato tem a pior. E a Fiel, sem títulos a comemorar nesse fim de ano e sem vaga na Libertadores para 2014 paga… o pato.
Fonte: ESPN
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