Não só para ascender a lanterna e criar uma grande festa nos estádios serve o celular. As gravações feitas por ele ajudam a polícia a identificar crimes, como no caso de racismo sofrido pela família de Vinicius Jr. na última quarta.
Naquela partida, esse não foi o único caso identificado por vídeos gravados por um celular.
— Em um vídeo, torcedores do Botafogo filmaram arremesso de copos por parte de torcedores do Flamengo. E também vimos o arremesso de um artefato explosivo da torcida do Botafogo para a do Flamengo — afirmou o major Silvio Luiz, do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE).
Esses casos já são suficientes para mudar o comportamento dos torcedores que, com medo de serem flagrados, evitam praticar alguns atos. Quem explica isso é o antropólogo Bernardo Conde.
— À medida que se criam as medidas de controle, se cria uma sociedade mais controlada, onde as pessoas sempre acham que podem ser flagradas. E isso as coíbe.
E os caras querem arrumar justificativa…um ato criminoso de racismo. Estão com medo de serem punidos como foi o Grêmio. Coisa de timinho pequeno covarde, que não assume as suas falhas. O caso tem que ser levado a diante e punir com todo rigor quem quer que seja.