A Apfut (Autoridade Pública de Governança do Futebol) estabeleceu um manual para padronizar as contas dos clubes e vai passar a fiscalizar seu cumprimento. O documento unifica regras anteriores e incorpora novos itens. Entre eles, estão procedimentos para contabilizar luvas recebidas da televisão e contratos de imagem dos jogadores de futebol.
Não é a primeira vez que se tenta padronizar contas de clubes. O Conselho Federal de Contabilidade já estabeleceu normas para os times, mas muitos deles ignoram. A diferença é que os que aderiram ao Profut (programa de refinanciamento de dívidas fiscais dos clubes) passarão a ser fiscalizados. Isso inclui a maioria dos grandes clubes, com exceção do Palmeiras.
”É uma primeira tentativa de padronização das demonstrações contábeis. Hoje, qualquer tentativa de comparar um clube com o outro é difícil, uma vez que os critérios contábeis adotados nem sempre são os mesmos”, afirmou coordenador de fiscalização e controle da Apfut, Benny Kessel.
E explicou os próximos passos: ”Para os que aderiram ao Profut, vamos, em um primeiro momento, auxiliar para que possam seguir o manual. No futuro, terá um caráter fiscalizatório.”
O manual obtido pelo blog tem 45 páginas e incorpora mudanças que estão em novas normas do conselho de Contabilidade. Essas regras estão em fase de audiência pública e deve ser validadas já para o próximo ano. Até porque o manual foi preparado em conjunto entre o conselho, a Apfut e o Ibracon (associação dos auditores).
Uma das mudanças trata da contabilização de luvas de televisão que não tinha regras claras. Agora, ficou estabelecido que os clubes podem simplesmente registrar como receita caso o contrato com a rede de televisão não preveja devolução após a assinatura. Se o pagamento estiver condicionado a execução do contrato, o valor terá de ser incluído como receita antecipada. Isso explica o Flamengo ter receita recorde em 2016 com luvas da Globo.
Outra alteração foi em relação aos contratos de direitos de imagem dos jogadores. Anteriormente, os clubes registravam esses acordos em seus passivos, isto é, como dívida a serem pagas. Isso inflava seu montante de débito. Agora, só serão contabilizados assim os casos de contratos vencidos e não pagos. Fora isso, os contratos devem ser registrados como despesas do ano que correu.
Além disso, foram consolidadas normas como a separação de dívidas como credores do futebol e outros. Por exemplo, os clubes terão de especificar débitos com outros times, ou agentes por transações, o que nem todos fazem.
Há no manual um modelo a ser seguido para a apresentação dos balanços. É uma sugestão. A Apfut já está analisando as demonstrações financeiras dos clubes. Nesta fase, dá instruções e faz notificações sobre como as contas dos times no Profut estão sendo conduzidas. Até porque, eles têm cumprir prerrogativas como limitação de déficit, de receita antecipada, entre outros, para se manter no programa de refinanciamento de dívidas fiscais.
Reprodução: Blog do Rodrigo Mattos
Resumindo,
Tem de rebaixar quem for excluído do programa ProFut. Essa é a única possibilidade para que as regras definidas sejam cumpridas. Isso explica o movimento da CBF no início dessa semana.
Registrar tudo o que se paga a agentes nas transações é uma forma de trazer luz nos “dinheiros” envolvidos bem como nas pessoas que os recebem para fins de cruzamento de informações de declaração de renda.
Com isso as torcidas vão poder ter uma melhor chance de saber quais são os dirigentes que se locupletam nessas várias transações (muitas de “baciada”). É claro que continuarão a existir laranjas, mas o cerco vai ser apertado.
Uma pena que não se possa fazer o mesmo em relação aos dirigentes da CBF e de seus entes federativos.
SRN
Ops, péraî! Assim, só teremos o Flamengo na 1a. divisão… &;-D
Ednei,
Mesmo sabendo que você está sendo jocoso, é fundamental que nossa sociedade entenda que a política da impunidade não traz nenhum benefício em qualquer linha de tempo que não seja para o infrator.
Se só ficar o Flamengo e o Palmeiras, uma vez que este não aderiu ao ProFut, em um primeiro momento, ótimo. Que os outros Clubes, e principalmente suas torcidas, possam entender o que é necessário e imperativo para ocorrer – ainda mais com tantos Programas Sócio Torcedor por aí.
Outro ponto que nunca é demais repetir é o seguinte:
Não existe essa coisa de dinheiro público ou boa vontade política. O que existe é dinheiro arrecadado através de impostos que todos pagamos e balanços financeiros que mostram onde esse dinheiro está sendo gasto.
SRN
Sim, falei na brincadeira. E assino embaixo o que você escreveu! &;-D
FAZER ALGUMA COISA SEMPRE É POSSÍVEL. O PROBLEMA É QUE O BRASIL ESTA SENDO GOVERNADO POR LADRÕES E CORRUPTOS. OS MELIANTES SE LOCUPLETAM O TEMPO TODO. ELES NÃO DÃO TIRO NO PÉ COM LEIS RÍGIDAS QUE PODEM SE VOLTAR CONTRA ELES. ALÉM DISSO TEMOS UMA”JUSTIÇA” LAMENTÁVEL POIS SÓ FAZ POLÍTICA. TEMOS ATÉ UM BANDIDO NO S.T.F QUE SE RECONHECE COMO UM CACHORRO(FIQUEI COM PENA DO ANIMAL) E UM CONGRESSO QUE DISPENSA COMENTÁRIOS DE TÃO INÚTIL E MALÉFICO E POR FIM UM POVO INERTE E ALIENADO. POR ISSO NÃO SE FAZ NADA
“Isso inclui a maioria dos grandes clubes, com exceção do Palmeiras.” — ??? &;-D
O Palmeiras não aderiu ao ProFut uma vez que o seu programa de financiamento de dívidas foi feito por um ente particular que atende pela alcunha de Paulo Nobre.
Segundo consta no balanço financeiro do Palmeiras, esse dinheiro, noves fora aquele que foi usado para a compra de jogadores, que o Paulo Nobre emprestou a juros zero para o Palmeiras será quitado ainda esse ano.
SRN
Pra gente Apfut , profut, e mais todos os futs que vierem n muda nada….já seguimos as regras msm…
Quero ver rebaixar o corinthias, deve ate a alma.
Mais uma jabuticaba. O Brasil tem normas regulamentadoras de balanços e não precisa de mais uma entidade dizendo como quer as demonstrações financeiras. Essa é a porcaria de mentalidade do estado brasileiro, a idéia de que pode ficar criando novas regras o tempo todo, e isso faz com que não se consiga seguir nenhuma regra em sua plenitude. As regras de apresentação dos balançoes de entidades juridicas no pais já sã bastante abrangentes e tem correlação (com algumas diferenças) com as regras internacionais, e permitem comparar as coisas adequadamente e entender a saude financeira de cada instituição, mas cada orgão brasileiro precisa inventar a roda e com isso não se cumpre nada corretamente, ou se obriga a criar 10 estruturas internas somente para atender as demandas de apresentação de informações ao Governo, e depois não sabem porque tudo nessa josta de pais custa o triplo do mundo desenolvido.