Sétimo lugar, 37 pontos e pela primeira vez na parte de cima da tabela. A realidade do Flamengo mudou, mas ainda não há espaço para “oba-oba”. Nunca se viu uma classificação tão achatada, onde os extremos estivessem tão próximos. Estamos a três posições do G4, porém mais perto da zona rebaixamento. Difícil explicar, mas ainda é a realidade.
É histórico que o Flamengo sempre sobe nas crises e esse ano não foi diferente. Depois da saída repentina e mal explicada de Mano Menezes, o clube apostou em um técnico caseiro e nem os mais otimistas achavam que o time fosse evoluir em tão pouco tempo. No entanto, também é sabido que o “pé no chão” passa longe da Gávea quando a equipe está em boa fase.
Faltam 11 jogos para o fim do Brasileirão e o Flamengo precisa ser o mais pragmático possível para se livrar dos sustos e tentar algo melhor na competição. A situação do clube ainda não é definitiva e os dois jogos seguidos no Maracanã dirão qual serão as pretensões. Além disso, vale lembrar que os próximos 8 jogos serão divididos em séries 2 jogos em casa e 2 jogos fora, alternadamente. Por isso, buscar as vitórias no Rio será ainda mais importante.
Ganhar do Botafogo não é novidade e eu diria que faz parte da rotina, afinal, já são 13 anos sem derrota pelo Brasileirão. Apesar de ser considerado um clássico, o Flamengo tem a obrigação de vencer. Contra o Bahia, mais do que nunca, a vitória tem que vir. Já ganhamos de times de muito maior expressão no Maracanã, como Santos e Internacional, e passar pelo time baiano não pode ser problema.
As próximas duas semanas resumirão a temporada para o Mais Querido. Serão rodadas importantes pelo Brasileirão e o jogo decisivo pelas quartas de final da Copa do Brasil. É hora do time se fechar, focar nos resultados e deixar a euforia para torcida. Aliás, comparecer, incentivar e comemorar são marcas registradas da nação rubro-negra e, ainda que os jogadores não correspondam de forma satisfatória, ela comparecerá ao estádio, ajudando a equipe a vencer os jogos, como um 12º jogador.
Enfim, os ares mudaram, o time evoluiu e a torcida voltou a ter a sua relação de amor com o Maracanã. Tudo conspira a favor do Flamengo, mas será preciso ter pé no chão e suar sangue nessa reta final. Sem “oba-oba”.
SRN
Gabriel Lima