Após a péssima e acomodada (mais uma na temporada) apresentação do Flamengo pela partida de ida das oitavas de final da Sul-Americana contra a Chapecoense, uma incômoda pergunta me ocorreu: por quem correm ou deveriam correr nossos jogadores?
O futebol é campo fecundo para que frases descabidas sejam criadas, aceitas, interiorizadas e repetidas como um mantra às avessas.
Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha Nazista, cunhou a expressão de que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.
E quantas tolices falaciosas são propaladas e repetidas à exaustão….
Não raro, um especialista afirma, sem rubor:
_ Time X está jogando certinho: comprou a ideia do treinador…
Vez ou outra, surge um jogador que sentencia:
_ Estamos correndo pelo treinador…
A ideia a ser comprada quando um determinado atleta se torna jogador do Flamengo é o próprio Flamengo. Envergar o Manto Sagrado deveria conferir os atributos faltantes para converter uma criatura mediana em um herói épico. Repelindo qualquer possibilidade de fraqueza ou apatia.
Nós, torcedores, em uma espantosa generosidade, aceitamos, com afeto ímpar, o jogador folclórico, o boêmio, até mesmo o cafajeste, o canalha. Mas de volta ao ventre todo e qualquer jogador que não entenda que vestir rubro-negro o torna, obrigatoriamente, um indivíduo comprometido com o sentimento de uma Nação. É por ela, e para ela, que os jogadores devem correr.
Alguém dirá que é utopia, que os ditos profissionais correm por si mesmos, por seus familiares, por suas carreiras. Não estou preocupado com a realidade que decorre da minha fantasia como torcedor. O que me indigna é essa abjeta postura de quem parece alheio ao que sentimos.
Repito: não há espaço para pusilânimes em nossas linhas.
Entretanto, fatidicamente, nossa temporada é marcada por um desânimo constrangedor e um indesculpável conformismo com a mediocridade. Signo da incompreensão da equipe, comissão técnica e da diretoria quanto à necessidade do torcedor identificar que todos se doam à medida do Flamengo.
Como bem asseverou Nelson Rodrigues, haverá talvez um dia em que a camisa rubro-negra bastará. Alvíssaras: não necessitaríamos nem mesmo de jogadores, técnicos; nada.
Quimera. Que seja!
Minha ingenuidade apaixonada não se resigna com um time de pálidos. Mas, ansiosa e angustiada, acredita e torce por uma imediata mudança de postura.
SRN!
Yuri Fialho
mengao tem que vencer?
A única virtude desse timeco da chape é a violencia. Bate demais e nada de futebol.
A geração de 81, por exemplo, jogava pelo Flamengo.Com raras exceções, hoje em dia os jogadores em geral correm pelo salário que ganham e só.
Tem que acreditar na mistica do Manto Sagrado, e tudo mais no folclore popular do Fla. É igual religião, tem que ter fé. O Manto foi ativado pela Magnética hoje, goleamos !
Sensacional. Perfeito.
Bobagem.
Correm por suas carreiras, seus familiares e amigos e, não é pouco.
Como passionais que somos queremos acreditar em tudo que nos conforte, mas racionalmente é uma falácia.
Acreditar que ao se indignar você fará alguém dar algo que não se tem é insano.
Torço pelo clube e o acho fantástico, sublime, é o mais importante, mas consigo compreender que erros acontecem, momentos ruins existem e que nem sempre por mais que se faça o máximo possível, a vitória virá.
Não compactuo com atitudes extremas principalmente por se tratar de esporte, competição, etc, tudo pode acontecer e sempre espero que aconteça positivamente para o Flamengo.