A torcida que aparentemente não se mostrou disposta a apoiar o Flamengo na semifinal da Copa Sul-Americana no Maracanã — espécie de bronca pelo desempenho na temporada — acabou tornando-se decisiva, mesmo em número aquém do esperado: 40 mil. Tanto para a virada na base do abafa sobre o Junior de Barranquilla, com gols de Juan e Vizeu, como para dar contorno tenso ao momento mais delicado do jogo: a perda de Diego Alves e consequente entrada de Alex Muralha.
Quando o reserva aquecia na beira do campo, os torcedores próximos se desesperaram e precisaram ser acalmados pelo técnico Reinaldo Rueda. Não foi suficiente. O temor de uma tragédia pelo histórico recente de Alex transbordou imediatamente para o campo. E um time que está longe de esbanjar confiança quase congelou sem sua fortaleza. A anestesia durou um bom tempo.
A torcida chacoalhava o time, tentava alguma reação e nada. O lateral Trauco resumia bem a apatia em campo. Já Everton Ribeiro e Diego ilustravam a falta de criatividade da equipe, que não consegue apresentar um conjunto convincente no fim da temporada. Há quem atribua a dificuldade aos problemas de adaptação de Rueda. Há quem diga que a questão física enfim tem pesado. O problema, no entanto, parece ser principalmente psicológico.
Diante de uma situação crítica, o recuo é a única opção de um time tarimbado. Sem Guerrero, a presença ofensiva do Flamengo termina a temporada resumida a cruzamentos. O resto é tentativa e erro. O Junior teve várias oportunidades de resolver a partida e as desperdiçou. Os experientes Juan e Rever deram o empurrão que faltava no segundo tempo para iniciar alguma reação, sob o ritmo das arquibancadas desesperadas por um ataque encaixado ao menos.
Vizeu, como para dar contorno tenso ao momento mais delicado do jogo: a perda de Diego Alves e consequente entrada de Alex Muralha.
No fim, a vitória heróica foi um lucro inesperado de um time do qual já não se espera muita coisa, ainda mais quando está abalado. As estrelas Diego e Everton Ribeiro somem em partidas importantes e até Mancuello reaparece mais qualificado para a reta final. Fora os jovens. Pensar em uma equipe agressiva no ataque sem Vinicius Junior e Lucas Paquetá, hoje, é inviável. Ambos dão mobilidade e habilidade a um moribundo setor de criação rubro-negro, e devem, mesmo inexperientes, ganhar mais minutos em campo para o Flamengo ter mais ousadia neste momento de decisão da temporada.
É a esperança que resta a uma torcida ferida, desanimada, mas que não deixa de dizer presente, sobretudo quando mais se precisa dela. Cabe aos jogadores a usarem da forma correta, e não tremerem com os pedidos de raça e disposição.
Fonte: O Globo
Não comentou uma mentira sequer.
Paquetá na posição dele é uma realidade e pede passagem…
Rapaz o diego ontem jogou mesmo com uma forte marcaçao, o ER7 que nao rendeu nada
Olha, falar que o time tem falta de equilíbrio emocional tudo bem, mas falar que o DIego some e não rende, já é demais. Ontem ele buscou o jogo nos 90 minutos, correu, marcou e deu passes. O cara é bola, mas não é nenhum Zico também !!! Juntamente com Juan e Cuellar, foi o melhor em campo !!
Ontem o ataque se comportou bem até levarmos o gol. Depois disso o time se desorganizou completamente e virou na base da vontade. Já a defesa deu sustos desde o início. Não achei que o Réver fez um grande jogo, no começo estava visivelmente sem tempo de bola e gerou lances perigosos pro Barranquilla, depois melhorou, mas acho que os elogios são muito mais pela bola na trave que pela segurança atrás. Segurança, aliás, que é quase zero nas laterais. O Rueda vai precisar trabalhar muito o sistema defensivo até o jogo da volta, se não proteger bem o Muralha corremos sérios riscos.
Laterais fracos e ER morto.
Muralha inseguro.
Tem q ser na RAÇA!
O tal do Chará deitou e rolou no Trauco.