Dois fatores levaram o Flamengo às quartas-de-final da Copa do Brasil: em primeiro lugar, o esforço da diretoria em subsidiar a presença da torcida no Maracanã.
Depois, a decisão do técnico Mano Menezes em lançar o garoto Rafinha num time que precisaria ter alguém para fazer a ligação entre o campo e a arquibancada.
Desta forma, renasceu o Flamengo.
Certinho, bem escalado, organizado e inflamado por um estádio que jogou junto, o time dividiu o campo com o Cruzeiro, minimizou as limitações e conseguiu o resultado que buscava.
O sacrifício de Elias, que jogou a 70% de sua capacidade física, pareceu ter contagiado até o apagado Carlos Eduardo, que se não jogou tudo o que dele se espera, ao menos não destoou.
E este é o Flamengo – o verdadeiro Flamengo.
Se não há o craque, se não há o Zico da nova era, há que se ter a chama da paixão.
Venho dizendo há algum tempo, o time de Mano é ao menos competitivo.
Ressente-se de jogadores de mais qualidade, sobretudo no meio-campo, mas já tem alma.
Se permitir que sua verdadeira torcida faça a parte que lhe cabe, o Flamengo vira Flamengo.
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira