Luís Fernandes David foi assistir ao clássico de domingo passado. Seu relato merece atenção:
“Fomos eu, minha filha e minha esposa, que atualmente é gestante, com 5 meses. Foram R$ 200 só de ingressos: uma inteira e duas meias, mesmo minha filha tendo direito à gratuidade, por ter sete anos.
Apesar de ser sócio torcedor do Fla, tive que buscar os tíquetes no shopping Downtown. Detalhe: quem comprou pelos “Quilômetros de vantagens” de uma rede de postos de gasolina, pagou R$ 35 e recebeu em casa. Pra que ser sócio torcedor???
Já no estádio, começou nosso calvário: não havia fila, na entrada “E”, para gestantes ou idosos. Não bastasse isto, lá dentro, perto do setor 221 da arquibancada superior do Fla, uma “organizada” ignorou os apelos dos torcedores normais e ficou o tempo todo em pé nas cadeiras (e nos encostos delas, podendo danificá-las), com as bandeiras obstruindo a visão das pessoas (dentre elas, muitas crianças). Justiça seja feita: outras organizadas se comportavam bem e, com as bandeiras guardadas, respeitavam os presentes. Só as desfraldaram para a comemoração dos gols (mesmo nos anulados).
Dirigi-me, então, a um dos servidores do “Novo Maracanã” mas o cidadão me informou que nada poderia fazer. Voltamos a pedir, eu e um grupo de pais, que eles sentassem e abaixassem as bandeiras e, dado o tom ameaçador com que nos responderam, optei por mudar de lugar. Em suma, o padrão FIFA é só no preço!!!”
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado