Amigos Lancenáticos! Há pouco mais de sete meses, Eduardo Bandeira de Mello assumia o Flamengo. Com uma postura visionária, o cartola firmou o compromisso de implantar uma filosofia profissional no maior clube do Brasil, convertendo o tamanho da sua torcida em receita.
E a tarefa administrativa de sua gestão tem sido cumprida a risca até aqui. O Flamengo trouxe preciosos patrocinadores (Adidas, Caixa, Peugeot e Tim), que juntos rendem mais de R$ 73 milhões/ano aos cofres do clube.
Alavancou o ‘Programa Sócio Torcedor’, que desde janeiro já conta com mais de 30 mil adesões. Conseguiu a certidão negativa de débito, e vem pagando e renegociando as dividas. Mas mesmo assim, nem tudo são flores.
Futebol, o ‘calcanhar de Aquiles’ dessa administração
Se por um lado, a diretoria vem “colocando a casa em ordem”, por outro, o futebol continua enfraquecido. O time fracassou no estadual, cambaleia na Copa do Brasil, e no Brasileiro vem tendo sérias dificuldades.
E se contabilizássemos os gastos com jogadores “encostados” como Renato Abreu, Liedson e Alex Silva, que juntos custam mais R$ 800 mil por mês aos cofres do clube (sem jogar), daria até para ter mantido Vagner Love, ou ter trazido um outro craque.
Fora que Renato Abreu foi demitido arbitrariamente, sem nenhuma justificativa, e o clube sequer fez a rescisão do jogador.
Grandes contratações? Só na promessa…
Jogadores de ponta contratados foram poucos. Vieram Elias, Marcelo Moreno e o talentoso Gabriel. Já Carlos Eduardo, o mais caro de todos, até agora não vingou. E o lateral André Santos acabou de ser anunciado como reforço.
Mas na sua grande maioria, vieram só jogadores medianos, quase todos do interior de São Paulo, como João Paulo, Val, Diego Silva e Bruninho. Além do zagueiro Wallace, que veio do Corinthians. E desses, até agora, só Paulinho vem correspondendo.
O clube até tentou nomes como Kaká e Robinho, assim como Felipe Melo, Diego, Scocco, Sheik, entre outros “que ficaram no quase”. Mas a verdade é que o elenco ainda carece de um reserva para Léo Moura, um bom zagueiro, um meia criativo e um atacante.
Fim dos esportes amadores e paralisação nas obras do CT
Nosso basquete brilhou, e foi bicampeão do NBB. Mas outros esportes olímpicos como judô, natação e ginástica olímpica foram extintos do clube, por não serem considerados autossustentáveis.
Em relação ao Ninho do Urubu, o projeto dos tijolinhos que arrecadou mais de R$ 2 milhões foi abandonado (?). Mas o clube vislumbra receber uma verba da prefeitura, e promete retomar as obras paralisadas.
A esperança de um Flamengo melhor
É lógico que o trabalho atual dessa gestão merece crédito, mas sempre com ressalvas. Até porque, décadas de administrações fraudulentas não se consertam em apenas sete meses.
Mas o presidente Eduardo e sua equipe precisam saber assimilar as críticas, pois um mandato se faz com “erros e acertos”. E não esquecer também que toda a visibilidade do Flamengo provém do futebol. Por isso, precisamos de um time à altura da nossa grandeza.
Isso sim é certeza de receitas e sucesso…
Claudio Duque
Fonte: Lancenet