Aconteceu de novo. 40 faltas, muita reclamação desnecessária com arbitragem. Nervos à flor da pele e pouco, muito pouco futebol.
Desta vez foram Flamengo e Vasco os protagonistas deste espetáculo deprimente no Maracanã. Cada vez mais frequente. E certamente depois da partida só vão falar do trabalho da equipe comandada por Ricardo Marques Ribeiro. Ruim ao longo do jogo, desde o impedimento de Diego na origem da jogada que terminou na finalização de Everton Ribeiro e Vinicius Júnior abrindo o placar ao aproveitar falha de Martín Silva, que deu rebote de um chute nem tão forte. Confuso nos critérios para as expulsões de Rhodolfo, Cuéllar, Breno e Riascos na confusão do final do jogo.
Mas os jogadores em nada colaboram. Toda hora alguém pedindo cartão para faltas normais, fazendo escândalo se discordar de uma marcação. Criando um clima de pressão que só prejudica a partida. Futebol é detalhe. O jogador entra em campo com a obrigação de fazer tudo para que o torcedor não o considere apático. Entrada dura, carrinho para a lateral batendo no braço, chutões. Um jogo só sentido, nada pensado.
Uma lástima. O Flamengo até tentou tomar a iniciativa em boa parte do jogo, repetindo a ideia de jogo com mais trocas de passe e bola no chão desde que Mauricio Barbieri assumiu, ainda interinamente. Apesar do início ruim e das quatro finalizações do rival até a sua primeira ir às redes. Mas logo em seguida vacilar na jogada aérea e permitir o empate vascaíno com Wagner. Diferente de outras partidas, desta vez Diego foi bem e Lucas Paquetá mal. No saldo final, 63% de posse e oito finalizações. Apenas três no alvo.
Contra 15 do time de Zé Ricardo, que acertou sete vezes na direção da meta de Diego Alves. Novamente mostrando no clássico a consistência defensiva que não apresenta em outros jogos na temporada. Yago Pikachu travou bom duelo com Rodinei e Breno mostrou novamente que é o zagueiro mais confiável do elenco cruzmaltino. Ou dos que o treinador utiliza, já que o jovem Ricardo Graça segue escanteado.
Pelo menos não houve nada mais grave nas arquibancadas e foi um alento ver a área ocupada pelas duas torcidas juntas em paz. Mas ninguém mereceu sair com os três pontos. Até para não deixar o campo com a crença de que esses artifícios compensam. Não foram só dois pontos perdidos para cada lado, mas a chance desperdiçada de mostrar desempenho. Futebol. No apito final sobra muito pouco, quase nada.
Qual será o próximo clássico no Brasil estragado pelo clima de guerra?
(Estatísticas: Footstats)
Reprodução: Blog do André Rocha | Uol Esporte
Elenco do Vasco sabe que não tem futebol, e os burros vestindo vermelho e preto caem na pilha! Lamentável.
Exato. Já perdi as contas de quantos clássicos o Flamengo entra facilmente na pilha e acaba fazendo o jogo dos caras.
Desde 2015 essa mesma postura dos nossos jogadores.
Não sei porquê ficou surpreso?? Mesmo que fossem fadinhas flamenguistas contra fadinhas vascaínas, também iriam voar varinhas de condão e estrelinhas para todos os lados.
Porque os comentaristas não analisam o elevado número de faltas pelo nível da arbitragem? Qualquer disputa de bola em que alguém se joga é falta. O árbitro simplesmente não deixou o jogo correr. E vem um comentarista por a culpa na rivalidade e dizer que as reclamações foram desnecessárias. A por favor, a arbitragem é extremamente nociva ao futebol e vocês são coniventes.