O fim do vínculo entre Flamengo e Renato pegou muita gente de surpresa. Ao que parece o próprio Renato foi um dos últimos a saber. Não é o caso de quem vinha observando há muito tempo que Renato, mesmo com relevante folha de serviços prestados, vinha exercendo uma liderança negativa no elenco. Que foi coroada por lamentáveis demonstrações públicas de indisciplina e de desrespeito ao clube e à torcida. Mais cedo ou mais tarde isso teria que acontecer.
O Flamengo agiu com severidade, para muitos talvez com um tiquinho de injustiça, pra acabar de vez com um foco de problemas que nitidamente estava prejudicando o bom andamento dos trabalhos. Mais importante que a dispensa de Renato é o recado que foi passado pros que permanecem e pros que chegam. A fanfarronice não será mais tolerada. Ontem, sob todos os aspectos, foi um dia histórico. Demorou.
É bom ver o Flamengo se reformulando, com dirigentes que não tem medo de tomar decisões. Se a bola não entra mesmo por acaso, para que um time tenha coragem em campo é fundamental que seus dirigentes tenham coragem nos gabinetes. E pelo menos até agora eles tem mostrado isso nas decisões que tem tomado, muitas delas impopulares. Principalmente as mais acertadas.
Na vida ninguém se torna grande agindo como pequeno. Shakespeare colocou na boca de Hamlet que o ser grande não é empenhar-se em grandes causas: grande é quem luta até por uma palha, quando a honra está em jogo. Esse Flamengo que não admite derrota, e muito menos desonra ao vermelho e preto, que não deixa nada pra depois e luta até o fim é o Flamengo que eu quero ver. Como nossos moleques de 15 e 16 anos do Four Skiff Jr B que doutrinaram na regata de domingo mostraram. Emocionante.
Parabéns, Flamengo.
Fonte: Urublog