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A divisão de cotas de televisão no Brasil é um dos debates mais antigos e recorrentes do futebol nacional. Mesmo sem grandes títulos recentes, o Flamengo atrai os maiores públicos, quebra recordes de audiência e, naturalmente, recebe as maiores fatias de pagamento. Ainda assim, clubes com menor poder de mobilização seguem insistindo em uma divisão maior. A última reclamação veio de Rogério Ceni, treinador do Fortaleza.
Em entrevista ao Uol Esporte, o ex-goleiro citou a divisão de cotas da Inglaterra para defender um sistema mais equilibrado. Ceni reconheceu que o Flamengo deve receber mais pela força da torcida, mas pediu a adoção de outros critérios.
– Deveria ser dividido por algumas proporções diferentes. Posição de chegada no campeonato anterior, o quando vende no pay-per-view, o quanto atrai de público no estádio. É preciso ter um modelo mais amplo. Claro que a disparidade vai e tem que existir, porque o Flamengo tem mais torcida que o Fortaleza. É óbvio. Mas não pode ser uma diferença de um para de dez. Na Inglaterra essa diferença fica em um para três e você já dá a condição ao time menor de existir e ter um baita centro de treinamento -, afirmou.
Com um montante estimado em R$ 650 milhões, Flamengo e Corinthians têm um faturamento mínimo de 18,5% – cerca de R$108,2 milhões da distribuição do pay-per-view. No entanto, desconsiderando o acordo com Athletico e Palmeiras, o montante foi reduzido a R$585 milhões. Assim, o restante é dividido entre as outras 16 equipes da série A que acertaram com a Rede Globo.