FOTO: REPRODUÇÃO
“Jogávamos no campo do Inconfidência, no bairro em que eu moro em Concórdia, Belo Horizonte. Eu não jogava em time ainda, pois não tinha equipe feminina e meu pai não me deixava atuar com os homens. Brincávamos descalços mesmo e, quando éramos pequenos, o campo era de terra. Então comecei a jogar no Atlético-MG com 17 anos e ele seguiu ainda no time do Inconfidência, do mesmo bairro. Ganhei a chuteira da Amanda Moura, irmã do Rafael Moura. Eu treinava durante a semana e a usava, e o Bruno jogava com ela no final de semana. Ele tinha que me entregar a chuteira limpa, já que às vezes tinha jogo em campo de terra e a chuteira ficava toda suja de barro.”
As lembranças acima, narradas ao jornalista Venê Casagrande, são de Samhia, meia-atacante do Flamengo/Marinha. Epoca de vacas magras, muita luta e determinação e, principalmente, sonhos. Dela e de Bruno Henrique, seu conterrâneo. Ambos dividiam, há 11 anos, o mesmo par de chuteiras para correr atrás da bola. Durante a semana ela utilizava o material e no final de semana o hoje também jogador do Flamengo as calçava.
De lá para cá, seguiram caminhos distintos, mas sempre em busca de viver do futebol. Enquanto Bruno Henrique ganhou notoriedade no Goiás antes de ser vendido para o Wolfsburg (ALE) e explodir no Santos, Samhia passou pelo Atlético-MG e seguiu para os Estados Unidos, onde construiu sua carreira antes de chegar ao Flamengo/Marinha. Apesar de estarem no mesmo clube, ainda não se encontraram no Rio de Janeiro, por conta das agendas profissionais atribuladas.
Em 2018, Samhia foi assistir a um jogo do amigo no Maracanã, ainda no Santos. E não perdeu a oportunidade de lhe dizer que “era a cara do Flamengo.” Ela mal sabia que pouco tempo depois ele seria contratado pelo clube. Novamente seus destinos se cruzaram, agora em vermelho e preto. E de novo para correrem atrás da bola. Mas, desta vez, cada um com suas chuteiras.
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Que história linda, de superação. Parabéns aos dois por chegarem aonde chegaram. Cada momento vivido foi um aprendizado e serve de exemplo para muita gente que pensa em desistir de um sonho quando as dificuldades chegam. Espero que vocês tenham cada vez mais sucesso e identificação com o mengão.
O Flamengo tem que abrir o olho e investir no futebol feminino, aproveitar o momento, que todos batem na tecla da falta de investimentos e buscar patrocínios. Temos que sair na frente do adversários.