Postado em: 27 de fev de 2013.
O processo de licitação do Maracanã é o motivo que breca, por ora, a falta de acordo de Flamengo e Fluminense com o Engenhão. À espera de parceria com o consórcio vencedor, os clubes não querem um acordo longo com o estádio que abrigou os jogos da dupla desde o meio da temporada de 2010. Por enquanto, a assinatura do vínculo é postergada.
Em negociações desde o fim do ano passado, Fla e Flu chegam à reta final da Taça Guanabara pagando por partida pelo uso estádio. Com restrição em firmar um contrato até o fim de 2013, cada clube só fez quatro jogos na primeira fase do Carioca no local.
Ciente de que pode ficar sem os principais clientes, o Botafogo procurou atender parte dos pedidos de Fla e Flu. Apesar do custo do aluguel, por exemplo, ser superior aos R$ 5 mil previstos no contrato que venceu em 2012, algumas bases contidas no acordo foram mantidas. Ao Flamengo, por exemplo, foi concedido o uso dos camarotes.
O Alvinegro, por sua vez, não abdica da presença dos rivais até dezembro, caso eles optem por um acordo de mais um ano, e não descarta aumentar o preço do custo para um pacote de jogos.
Publicamente, as partes não dizem que a questão do tempo é um dos empecilhos que separam a assinatura do novo vínculo, mesmo diante da incerteza de quando o Maracanã receberá partidas.
A proposta para um possível novo acordo foi enviada a Flamengo e Fluminense no início de janeiro por Sérgio Landau, diretor executivo do clube. Neste momento, porém, as conversas estão travadas.
Apesar de estar sob licença médica e sem ir ao Botafogo, Landau trata do imbróglio de casa e, neste momento, não há uma previsão para um desfecho favorável.
Desde que o Maracanã foi fechado, Flamengo e Fluminense sempre disseram que o uso do Engenhão seria apenas durante o período em que o estádio que receberá a final da Copa estivesse em obras.
Maraca é uma prioridade antiga
O interesse de Flamengo e Fluminense em uma parceria com a futura gestora do Maracanã não é recente e é debatido mesmo antes do processo de licitação ter as diretrizes firmadas.
No caso do Rubro-Negro, o assunto ganhou destaque durante a campanha dos candidatos que participaram da eleição no clube, em dezembro.
O presidente eleito, Eduardo Bandeira de Mello, logo quando assumiu, enviou uma carta ao governador Sérgio Cabral manifestando o interesse no processo de administração do Maracanã. O novo mandatário do Fla, porém, não recebeu resposta.
O presidente eleito, Eduardo Bandeira de Mello, logo quando assumiu, enviou uma carta ao governador Sérgio Cabral manifestando o interesse no processo de administração do Maracanã. O novo mandatário do Fla, porém, não recebeu resposta.
No ano passado, antes de o clube romper com a Traffic, foi discutido, durante a gestão de Patricia Amorim, a possibilidade de a empresa e o Fla firmarem uma parceria pelo Maracanã a partir de 2013.
O Fluminense, por sua vez, volta os olhares para o estádio desde a gestão anterior a Peter Siemsen. O Engenhão, internamente, era tratado como uma solução paliativa até que o Maracanã fosse reaberto e os trâmites se resolvessem.
Fla ganhou aval sobre preços
O aumento do preço do ingresso para o jogo entre Flamengo e Botafogo, pela semifinal da Taça Guanabara, foi determinado pelo Rubro-Negro com aval do clube alvinegro. O responsável pela gestão do Engenhão autorizou o rival a colocar um preço superior ou inferior ao praticado durante a Taça Guanabara.
Como o estádio será aberto para um público próximo ao da capacidade máxima, o Flamengo entende que para cobrir as despesas precisaria ter bilhetes mais caros. Isso porque, quando o Engenhão é aberto para um público superior a 20 mil espectadores é cobrado R$ 1 para cada ingresso disponibilizado para a venda. E para o jogo de domingo, serão comercializados mais de 34 mil.
Esse foi acordo estabelecido no arbitral realizado em janeiro e que contou com a presença dos quatro principais clubes do estado. E os valores também são os mesmos para as partidas da semifinal e da final do Carioca.
Engenhão 2013
Aluguel x público
Até 15 mil pessoas: R$ 20 mil; 15.001 até 25.000 pessoas: R$ 28.500,00; 25.001 até 40.000 pessoas: R$ 40 mil pessoas. Acima de 20.001 pessoas é cobrado R$ 1,00 para cada ingresso colocado à venda.
Cerca de R$ 53.500,00 por jogo
Aluguel do estádio: R$ 20.000,00; Despesas com o quadro móvel: R$ 20.000,00; Taxa de iluminação: R$ 7.500,00; Despesas com ambulância: R$ 6.000,00. Todos esses valores estão previstos para públicos entre 15 mil e 20 mil em jogos dos clubes grandes contra os de menor investimento.
Fonte: Lancenet
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