Postado em: 17 de fev de 2013.
Nas arquibancadas do Engenhão, a torcida do Flamengo emplacou a música “Viva laVida”, do grupo britânico Coldplay. Mas, dentro de campo, foi na simplicidade de uma canelada que Hernane decidiu o clássico contra o Botafogo. O Brocador, como se autodenominou, marcou o gol único da partida logo no início e garantiu a vitória por 1 a 0.
O resultado dá uma série de benefícios ao vencedor. Depois de conquistar 19 dos 21 pontos que disputou, o Rubro-Negro garantiu a primeira posição do Grupo B uma rodada antes do fim da fase classificatória da Taça Guanabara – o Fluminense tem 14 pontos – e também se garantiu como time de melhor campanha geral. O status garante a vantagem de empate na semifinal e, porventura, na final do primeiro turno.
A vitória reforça a importância de Hernane no início de temporada. Ele marcou oito dos 14 gols do time no ano e lidera com folga a artilharia do Carioca – os vice-líderes têm quatro. O atacante ofuscou a estreia de Carlos Eduardo, que jogou por 45 minutos e foi discreto.
Apesar da derrota, o Botafogo não fez uma partida ruim. O time teve chances de empatar, mas demonstrou deficiência nas finalizações. O principal jogador foi Seedorf. Por outro lado, a tática de Oswaldo de Oliveira de improvisar Julio Cesar na cabeça-de-área no primeiro tempo não funcionou e a defesa deu espaços à dupla adversária Elias e Ibson.
O Alvinegro segue na liderança do Grupo A, com 14 pontos. O Vasco é o segundo, com 13.
GOLEADOR DEFINE NOS PRIMEIROS 45 MINUTOS
O faro de gol de Hernane já não uma novidade na Taça Guanabara, mas Júlio César, que fazia o primeiro jogo como titular, titubeou e deixou o camisa 9 abrir o placar logo aos três minutos. O desvio com o pé-esquerdo após cabeçada de González não só colocou o Flamengo à frente como também incendiou a equipe.
Envolvente, rápido e com toques de primeira, o Rubro-Negro envolvia o Botafogo logo no começo da partida. Naquele momento, os improvisados Fellype Gabriel e Júlio César não conseguiram encaixar a marcação atrás. Apesar de um chutaço na trave do camisa 11 alvinegro, foi o Flamengo que quase ampliou com Rafinha, mas Jefferson foi providencial.
O ritmo alucinante do Rubro-Negro, por sua vez, não foi mantido ao longo dos primeiros 45 minutos. Foi nesse momento, em torno dos 25 minutos, que o Botafogo tentou equilibrar a partida. Bruno Mendes e Seedorf, inclusive, ameaçaram a meta do rival, mas Felipe evitou os gols.
Enquanto Seedorf era o responsável pelas principais jogadas de ataque do Glorioso, no Flamengo, Rafinha e Elias puxavam os contra-golpes. Carlos Eduardo, o camisa 10 do Fla, ainda estava perdido, procurando encontrar a posição dele em campo. Na etapa inicial, foi apenas discreto.
JOGO PARA RAFINHA
O segundo tempo começou com alterações nos dois times. No Flamengo, Carlos Eduardo, que atuaria no máximo por 60 minutos, deu lugar a Rodolfo. Já no Botafogo, Bruno Mendes deu lugar a Sassá. Em termos táticos, a mudança no Rubro-Negro alterou a maneira de o time atuar. Isso porque, Rodolfo é um meia que atua mais recuado e ajuda na recomposição. Sassá, por sua vez, fica mais preso à área, atuando de maneira semelhante a Bruno Mendes.
Diferentemente do início do primeiro tempo, os times não imprimiram muita velocidade. O Botafogo procurou a tocar a bola no campo de defesa, evitando a ligação direta ao ataque. O Rubro-Negro, por sua vez, procurou ter mais posse de bola e investiu nas bolas alçadas na área.
Com a vantagem no placar, o Flamengo ensaiava um contra-ataque para decretar a vitória. E ele aconteceu aos 18 minutos, mas foi concluído com muita displicência. Após ótimo passe de Rafinha, Rodolfo avançou sozinho até a grande área, driblou Jefferson e, apesar de o gol aberto, mandou por cima.
Sem ameaçar a meta de Felipe, o Botafogo teve de se atentar às jogadas rápidas do rival puxadas por Rafinha. Apesar de conseguir trabalhar mais a bola no ataque, a equipe errava o passe final.
Naquela altura do duelo, o camisa 11 rubro-negro já havia dado passes par Hernane e Ibson definirem a partida. Às costas de Márcio Azevedo, o atacante ganhava campo e não era parado pelo rival.
Apesar das chances desperdiçadas, o Flamengo administrou a vantagem até o fim, mantendo a invencibilidade na competição. São, agora, seis vitórias e um empate.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 0 BOTAFOGO
Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 17/02/2013 – 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa (RJ)
Renda e público: R$ 855.270,00 / 22.227 pagantes
Cartões amarelos: Ibson (20’/2°T), Cáceres (36’/2°T), Elias (37’/2°T) (FLA); Lodeiro (18’/1°T), Cidinho (37’/2°T) (BOT)
Cartões vermelhos: –
Gols: Hernane 3’/1ºT (1-0);
FLAMENGO: Felipe, Léo Moura, González, Wallace, João Paulo; Cáceres, Ibson (Cleber Santana 36’/2°T), Elias, Carlos Eduardo (Rodolfo/intervalo); Rafinha e Hernane (Igor Sartori 27’/2°T). TÉC: Dorival Júnior
BOTAFOGO: Jefferson, Lucas, Bolívar, Antônio Carlos, Márcio Azevedo; Júlio César, Fellype Gabriel (Jadson 16’/2°T), Lodeiro, Seedorf; Vitinho (Cidinho 12’/2°T) e Bruno Mendes (Sassá/intervalo). TÉC: Oswaldo de Oliveira
Fonte: GE e Lancenet
E aí Nação, o que vocês acharam? Comentem sem precisar de cadastro (Anônimo)!