A rotina na Gávea mudou e os novos dirigentes do Flamengo desejam mostrar isto ao mercado. O acerto de um novo patrocínio logo nos 20 primeiros dias de gestão foi encarado como mais um sinal. Os pagamentos de impostos, salários e outras dívidas pendentes foram outros recados. Internamente, o clube acredita que aos poucos, investidores enxergam o Flamengo com outros olhos. Limpar a imagem deixada pela antiga gestão é uma preocupação da atual diretoria.
Os planos são traçados semanalmente, na sede social do clube. Às segundas, pela manhã é a vez de um encontro entre os diretores profissionais de todos setores rubro-negros. No papo, metas são estipuladas, a integração dos departamentos acertada e o resultado analisado.
“Uma empresa do porte da Peugeot jamais iria se associar a um clube de futebol anteriormente. Os patrocinadores estão se associando agora porque estamos colocando o Flamengo em outro patamar de ética e moral. Nunca vamos conseguir ser o melhor time do mundo se não resgatarmos a nossa credibilidade”, disse o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, durante a apresentação do patrocínio da Peugeot.
A cúpula do Flamengo, até por não ter condições financeiras no momento, decidiu não participar de leilões que pudessem onerar o clube por muito tempo. O primeiro grande episódio com este simbolismo foi a desistência por Robinho logo na primeira reunião com dirigentes do Milan. Tão logo soube do valor necessário, o vice de futebol do clube, Wallim Vasconcellos, descartou qualquer tipo de investida.
No marketing, tudo ocorre sob a batuta de Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Presidente da Sky no Brasil e com largo conhecimento sobre o mercado publicitário, o executivo é o responsável pela condução das negociações para exposição da marca Flamengo. Neste segmento, o clube rompeu com qualquer diretiva do departamento antigo, alvo de grande parte das críticas à gestão da ex-presidente Patricia Amorim.
“Em relação a projetos de marketing anteriores, vou deixar para trás porque não fiz parte dessa gestão. 39 milhões já têm opinião sobre isso. A campanha de tijolinhos é uma ótima ideia, mas no marketing, como na vida, você tem de fazer as coisas um dia sim e no outro também. As coisas têm de ter constância e consistência. A campanha dos tijolinhos é um exemplo disso. Cresceu, estabilizou e mingou. É uma ótima ideia que deveria ser usada em caráter permanente”, analisou Bap.
Nesta área, Bap também trabalha para apresentar um novo modelo de programa de sócio-torcedor. O clube busca inspiração em modelos bem-sucedidos, como os encontrados no Sul do país, com Internacional e Grêmio.
Com a nova agenda, o Flamengo busca trilhar novos caminhos. Mas somente com o alcance de bons resultados é que dirá se o clube, enfim, consegue se afastar de passado tão conturbado.
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Só acho que 3 ou 6 anos é muito pouco, pois depois disso será que não aparece um pucareta daqueles que só quer sugar do nosso mengão.