A ALERJ realizou, na tarde desta sexta-feira (7), uma CPI para tratar do incêndio que vitimou fatalmente dez jovens jogadores das categorias de base do Flamengo. Representando o Flamengo, o CEO Reinaldo Belotti, disse que, apesar dos contêineres não terem sistema de incêndio, o lugar era supervisionado por um monitor responsável por cuidar dos meninos.
– Não tinha sistema de incêndio e sistema de detenção de fogo, mas não era obrigatório ter. o Flamengo não estava indo de encontro a nenhuma regra. Porém, é bom frisar que não era simplesmente um alojamento em que os adolescentes estavam dormindo. o Flamengo tinha, por procedimento, naquela área ampla, uma poltrona, uma televisão, um lugar de tomar água, onde um monitor ficava durante todo o período em que meninos estivessem dormindo. Ou seja, apesar de não ter uma proteção contra o fogo em si, tinha alguém para cuidar dessas crianças. O Flamengo estava convencido de que tinha a guarda daquelas crianças e tomou todas as providências para que isso fosse preservado até o último momento, disse.
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Belotti relembrou os dias que antecederam à tragédia. Segundo ele, uma forte tempestade passou pelo Rio de Janeiro, fazendo estrago: “No dia 6 de fevereiro de 2019, aconteceu no Rio de Janeiro, um vendaval que, se não foi o maior, foi um dos maiores que a cidade teve”, declarou antes de completar.
– Eu passei o dia 7 junto o nosso pessoal, praticamente reconstruindo a Gávea. Hotéis da região também pegaram fogo, e nós vimos, durante o nosso trajeto até o CT naquele fatídico dia, árvores caídas, fios no chão. Até o nosso gerador foi acionado. Em suma, tudo isso aconteceu e, durante a fase de inquérito, nós solicitamos reiteradamente informações à concessionária de energia elétrica e não conseguimos obtê-as, disse.