FOTO: REPRODUÇÃO
Diversos atletas representaram a Federação Nacional de Atletas Profissionais do Futebol (Fenapaf), em vídeo divulgado neste domingo (24), com o objetivo de pedir que os jogadores de futebol sejam incluídos no auxílio emergencial do Governo Federal. A campanha contou com a participação de Diego Ribas, meia do Flamengo.
“Com a pandemia, o Governo Federal dá um auxílio de R$ 600 reais para algumas profissões. Atletas, como jogadores de futebol, não foram incluídos. Quando você pensa em jogador de futebol, pensa em famosos com salários enormes, mas somos quase 24 mil jogadores de futebol no Brasil. Você pensa em atletas como eu (Diego), conhecidos, mas somos apenas 4% da categoria. Mas você não pensa em mim (Mário César), porque não me conhece“, diz parte do vídeo com participação de diversos atletas, entre conhecidos e desconhecidos.
“Eu tenho contrato longo (D’Alessandro) e calendário para toda a temporada, somos 8%. A imensa maioria de nós ganha menos de três salários mínimos por mês. Eu (Felipe Melo) reconheço meus privilégios, e sei que não preciso desse auxílio. Eu (Allan) faço parte de 92% de nós, que recebe apenas em alguns meses do ano e precisa se virar além disso. Mas, para mim (Alex Dida), esse auxílio não é privilégio, é sobrevivência. Não é para mim, é para nós“.
CONFIRA O VÍDEO:
Vídeo: Fenapaf
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O futebol brasileiro está paralisado desde março, por conta da pandemia do novo coronavírus. Não há qualquer previsão de retorno, ainda que se discuta a retomada dos treinos, seguindo as recomendações necessárias para evitar o contágio da Covid-19.
Veja a nota oficial emitida pela Fenapaf:
“A FBTF, Fenapaf e Anaf vem discordar da medida que excluiu os nossos profissionais, da assistência emergencial concedida através MP 956/2020. O futebol brasileiro não se resume aos integrantes destas categorias. Significa muito mais! Incluam-se a imprensa, autônomos, comerciantes, clubes, federações, investidores. Somos aqui, entre tantos, um universo de quase 25 mil profissionais envolvidos pra fazer uma nação feliz, uma pátria ser referência no contexto mundial, turismo, economia e progresso do nosso povo. Neste momento de crise, estamos sofridos e apreensivos. E também precisamos dizer ao Governo Federal que subtrair o acesso destas classes aqui subscritoras ao auxílio emergencial impõe à esmagadora maioria dos nossos colegas, equívoco palmar e desprezo com a dignidade humana. O futebol brasileiro é nossa maior paixão, depois das nossas famílias e supridas as nossas necessidades.“