Eduardo Bandeira de Mello acha que “não tem menor necessidade” do Flamengo mudar modelo de gestão
Atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim defendeu que o clube estude a possibilidade de virar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O antecessor no cargo, Eduardo Bandeira de Mello, é radicalmente contra a eventual mudança de modelo de gestão do Rubro-Negro. Para o ex-mandatário do Mais Querido, a novidade é boa para as instituições em situação crítica, que não é o caso do campeão da Libertadores.
— A SAF é um modelo possível, foi o modelo que clubes como Cruzeiro, Botafogo e Vasco adotaram porque estavam em uma situação absolutamente de premência. Se não adotam o modelo da SAF, poderiam ter tido problemas sérios. Foi importante nesse sentido. Mas, para o Flamengo, por exemplo, acho que não há necessidade de pensar nisso tão cedo — disse Eduardo Bandeira de Mello, em entrevista o podcast ‘Mundo GV’, do ex-goleiro do Flamengo, Getúlio Vargas.
— O Flamengo fez todos seus deveres de casa enquanto clube associativo. Mas, para outros clubes, acredito que pode ser avaliado, o clube que quer captar o aporte de um investidor, para tentar mudar de patamar. É uma fonte de financiamento importante e possível. Mas, no caso do Flamengo, que estão falando de criar, creio que temos que ser muito criteriosos e ver o que existe por trás às vezes. O Flamengo hoje não tem menor necessidade de mudar seu modelo — acrescentou.
Eduardo Bandeira de Mello venceu as eleições presidenciais do Flamengo em 2012. Assumiu a pasta no ano seguinte, quando fez uma grande reformulação financeira no clube, com redução de custos e pagamentos de dívidas. No campo, venceu a Copa do Brasil 2013 e o Campeonato Carioca de 2014. Depois, ganhou novamente a votação, e liderou o Rubro-Negro até 2018, dando lugar a Rodolfo Landim.
Com mais de R$ 1,2 bilhão de receita no ano passado, o Flamengo, mesmo sem SAF, planeja passar da barreira do bilhão novamente em 2023. Dentro de campo, o elenco vai à busca dos títulos que têm para disputar: Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores da América. Além, claro, se vencer o continental, tem o Mundial de Clubes em dezembro.