O Cruzeiro ratificou seu favoritismo e terminou o primeiro turno do Brasileiro com sete pontos de vantagem para o segundo colocado.
Administrativamente organizado, e com um elenco tecnicamente equilibrado, o atual campeão é tido como o mais bem preparado para suportar a maratona de jogos dos próximos dois meses _ período em que os times costumam sofrer com contusões e queda no rendimento físico.
Principalmente os que têm o foco dividido entre duas competições, como disse o próprio Muricy Ramalho após a vitória do São Paulo sobre o Sport, no domingo,.
Serve de alerta para Flamengo e Botafogo.
Os dois têm elencos limitados e o esforço redobrado para superar barreiras em pode atrapalhar o rendimento.
FLUMINENSE 3 x 3 CRUZEIRO.
Mesmo desfalcados, os times jogaram um futebol de bom nível.
Tiveram movimentação intensa e fizeram um confronto limpo e bem disputado, o que de certo modo nos enternece: é possível assistir a um bom espetáculo.
Mas preocupa a irregularidade do Fluminense em jogos com o mando de campo.
Só venceu três dos últimos seis jogos em casa e isso minou a campanha.
FLAMENGO 0 x 1 GRÊMIO.
Vanderlei Luxemburgo dirigiu o Flamengo pela primeira vez no Brasileiro há pouco mais de um mês.
E não tardou a perceber que, sem um meia talentoso, a melhor saída para o ataque seria a exploração de jogadas pelas laterais.
E conseguiu ótimos resultados investindo nos avanços de Éverton e de João Paulo pela esquerda.
No sábado, sem Éverton, o time não foi o mesmo.
Apesar da aplicação e de alguns bons momentos, perdeu.
O mau resultado não assusta, nem abala _ mas deixa claro a importância de Éverton neste novo Flamengo.
ATLÉTICO-MG 1 x 0 BOTAFOGO.
A performance alvinegra é exatamente inversa a do Fluminense.
O time perdeu sua nona partida fora de casa, das onze que fez sem o mando.
Desfigurado e irritado por uma arbitragem no mínimo confusa, o Botafogo foi a Minas claramente em busca de um ponto.
E foi fácil identificar também que o desgaste da batalha contra o Ceará, no Castelão, pela Copa do Brasil, afetou o time.
De qualquer forma, apesar de todos os problemas, o time encerra o turno livre da zona de rebaixamento.
AMÉRICA-MG 2 x 3 VASCO.
O retorno de Pedro Ken, por si só, formando o meio-canpo com Guiñazu e Aranda, devolveu ao Vasco um pouco da consistência demonstrada no Estadual.
Douglas ganhou companhia na armação, Thales teve com quem tabelar na entrada da área e Maxi Rodriguez fez crescer a produção ofensiva.
A vitória em Minas, que parece ter sido obra do acaso, foi consequência do retorno à formação original.
Só isso.
Vejamos agora como o time se sairá nas mãos de Joel Santana…
Fonte: Blog do Gilmar Ferreira