Blessing Lumueno, auxiliar técnico do Chaves (POR) e amigo de Boto, contou como gosta de trabalhar o dirigente
José Boto é a grande aposta do futuro presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, para o comando do futebol no próximo triênio. Porém, o dirigente não é tão conhecido entre os torcedores rubro-negros. Amigo de longa data do diretor técnico, Blessing Lumueno, auxiliar do Chaves (POR), destacou como o ‘homem de confiança’ de Bap gosta de trabalhar.
— Do ponto de vista cultural ele conhece muita coisa porque já foi ao Brasil muitas vezes, são muitas viagens ao Brasil, desde quando trabalhava no Benfica. Tem um contato muito forte com o mercado brasileiro e conseguiu contratar muitos talentos do Brasil. Acredito que dessa rede de contatos possa ter surgido a relação com a nova diretoria do Flamengo. Ele não vai ficar surpreso com nada, a forma como a torcida e o ambiente em torno do futebol gira. É um especialista no mercado brasileiro — disse Blessing Lumueno ao GE.
— Ele é um apreciador de talentos e sempre apostou no mercado brasileiro, porque acredita que é onde estão os melhores talentos do futebol. Não é alguém que vai mudar toda a concepção do clube, mas alguém que vai apostar no talento desenvolvido dentro do clube e, eventualmente, dentro do Brasil. Aposta muito no desenvolvimento das comissões técnicas das categorias de base para que os jogadores consigam, sem perder aquilo que os tornam diferentes, rapidamente chegar à equipe principal. Além de toda parte de estruturação, acho que ele vai mudar algumas coisas nas categorias de base para que surjam ainda mais talentos — acrescentou Blessing.
ONDE BOTO DEVE CONTRATAR?
Boto tem experiência na base do futebol português, onde também iniciou os trabalhos no profissional. Além disso, o dirigente tem passagens na Ucrânia, na Grécia e na Croácia. Mesmo com o currículo extenso na Europa, Blessing crê que o foco de Boto será o mercado brasileiro.
— Ele consegue trabalhar com todo tipo de mercado. Eu acredito que a grande base dele vai ser no Brasil, porque é o mercado que ele mais gostou de trabalhar e que ele mais acredita. Acredito que a grande força dele vai estar no mercado interno e nas categorias de base, o mercado de fora acho que vai ser exceção. É a pessoa perfeita para fazer. Foi fazer exatamente isso no Shakhtar. E não só para a equipe principal, o departamento é a equipe principal e as categorias de base. Está habituado a fazer esse trabalho, está muito identificado com reformulação — pontuou.
— Certeza que vai rapidamente identificar o que fazer e com quem fazer, a identificação dele com o Brasil vai fazer com que esse processo seja mais rápido e mais estável. Ele adora ver o talento em campo, e acredito que não há lugar que ele possa ser mais feliz que no Brasil. Ele vai respeitar muito o trabalho que tem sido feito e ajudar que esse trabalho traga resultados a longo prazo. É provável que todos os anos apareçam jogadores da base na equipe principal. É essa marca que ele deixou em todos os clubes que ele passou — concluiu.
CHEGADA AO BRASIL
Apesar de Boto ainda não ter sido anunciado oficialmente pela gestão de Luiz Eduardo Baptista, o dirigente já tem data para desembarcar no Rio de Janeiro: 26 de dezembro. O português chega para ser o ‘homem forte’ do futebol do Flamengo, substituindo papel que era de Marcos Braz. Contudo, Bap é contra o cargo de vice-presidente de futebol e dará ao novo contratado a função de diretor técnico.