Renato Maurício Prado – Quando o espetáculo é ruim, pouco importa que o ingresso seja barato. Esta obviedade comprovou-se, uma vez mais, na primeira rodada deste caótico Campeonato Estadual do Rio, onde o presidente da Federação (apoiado e orientado pelo presidente do Vasco) resolveu tabelar os preços dos ingressos dos jogos – um direito inalienável do mandante do show.
Exceção feita ao jogo do Flamengo, em Macaé (que surpresa!?!?), os públicos pagantes foram ridículos, inclusive nas partidas disputadas pelos outros três grandes. Será que agora Rubinho, Eurico e seus pares perceberam que o maior problema não é o preço, mas a péssima qualidade do produto que ofertam? Da forma que é disputado (com clubes demais e bons jogadores, estádios e gramados decentes de menos), a maioria dos confrontos pode ser disputado até com os portões abertos que não vai encher.
O torcedor, que não é bobo, já notou que essa história de ingresso baratinho é apenas pra tentar disfarçar o fato de que o leão é desdentado, a bailarina, feia, o trapezista, medroso e o mágico não ilude ninguém. Em suma: o circo é pra lá de furreca.
DONO DE SAUNA
Colaborar habitual da coluna, o advogado Sérgio Bessa é um rubro-negro sempre antenado com as coisas do futebol. O e-mail que se segue é interessante e revelador. Vamos a ele.
“Depois de tanto ouvirmos a Federação de Futebol do Rio se posicionar contra a receita dos clubes que lhe dão sustento, examinei, juntamente com o competente amigo Benny Kessel, as suas “Demonstrações Financeiras de 2013”, e encontramos alguns motivos que nos ajudam a entender ainda mais as atitudes autoritárias atuais:
Como pode uma Federação de Futebol, que não tem torcedor, uniforme ou um time para colocar em campo, abiscoitar quase R$ 17 milhões de receita em um ano?
Receitas de Serviço de R$ 9 milhões, de Contrato de TV (?!?!), R$ 5 milhões e de Contratos de Publicidade, R$ 2 milhões. Que tipo de publicidade pode fazer, se não tem produto ou serviço para anunciar?
Do total das despesas de R$ 14 milhões, apresenta R$ 7 milhões (50%) em Despesas Gerais, sem qualquer explicação das suas destinações. Onde está a transparência?
Apresenta ainda R$ 6 milhões de depósitos judiciais. Que disputas judiciais são estas em que os clubes estão envolvidos? Sim, porque o presidente diz que “a Federação é dos clubes”.
A FERJ tem R$ 19 milhões em imóveis!!! Pra que isto e com que recursos foram obtidos? Com as receitas dos jogos dos clubes que ela agora ofende e quer prejudicar? Quem se beneficia disto?
Descobrimos, ao examinar as contas da FERJ, que ela tem uma grande dívida com o INSS, no valor de R$ 3.657 milhões, conforme a nota da Auditoria: “O débito com o INSS refere-se à contribuição sobre a Folha de Pagamento de 2012 e a contribuição devida dos jogos no período de janeiro a julho de 2004 e parte dos anos de 2005 e 2006 e valores apropriados em dezembro/2012.”
Sim, ela também deve ao INSS. Interessante, se alimenta das receitas dos jogos dos clubes, e não recolhe o INSS sobre estes jogos? E os clubes tendo que recorrerem a atos trabalhistas e outras coisas do gênero.
Apresenta também obrigações no curto prazo: R$ 8 milhões a mais do que tem a receber. Como já estamos em 2015, não sabemos qual foi o jeito que ela deu de honrar (ou não) estes compromissos em 2014. No caso da federação gaúcha, por exemplo, o que ela tem a receber é o dobro do que tem a pagar, e na federação paulista oito vezes mais. E olha que nenhuma delas cobra a extorsiva taxa de 10% aos clubes.
E por último, enxergamos um indecente lucro de R$ 2 milhões no exercício. Lucro proveniente do que, se ela não vende nem um produto ou serviço? O Rubinho representa fielmente a figura do “dono da sauna”, que ganha dinheiro com o suor dos outros”.
CADA UM NA SUA
Após o empate com o Macaé, Vanderlei disse que não falaria sobre a questão de Paulo Victor (retirado da partida, após sofrer uma forte pancada na cabeça), por se tratar de “assunto interno”. Diante disto, e do fato de que o técnico correra, esbaforido e aparentemente revoltado, em direção à entrada do vestiário, quando o goleiro saía, acompanhado pelo médico, ficou evidente que ele era contrário à retirada do jogador — o Fla já tinha feito as três substituições e teve que improvisar Alecsandro no gol.
O doutor Marcelo Soares, entretanto, agiu com absoluta correção. Toda e qualquer pancada na cabeça que provoque perda de consciência (ainda que rápida e momentânea) ou confusão mental deve ser tratada com extremo cuidado e a literatura esportiva determina a imediata retirada do atleta da competição.
Quem mandou fazer a terceira alteração cedo demais, trocando seis por meia-dúzia (Cáceres por Márcio Araújo)?
renato le aqui seu comentario mas vou lhe dizer uma coisa muito certinha do jeito que
vai o futebol do rio comandado pelo rubens lopes e apaniguado pelo euriquim malandro
e esse pateta que assumio o foguim falido e mais alguns timecos nanicos que so ganham alguma coisa quando jogam com o flamengo vai pra banca rota jaja, es questao
de pouco tempo para o navio nafraga e nunca mais ninguem ver.
Creio que devemos começar uma petição para que o MP, visando a defesa de interesses difusos, entre em cena! Alô torcida rubro-negra!!
TEMOS QUE SOLICITAR COM FAIXAS NOS JOGO, CPI NA FFERJ JÁ!!!!!!!!!!!!