Gilmar Ferreira – A rigor, se comparássemos os números que Vasco e Corinthians alcançaram até agora nos respectivos Estaduais do Rio e de São Paulo, poderíamos supor, na análise fria dos números, que os times se equivalem.
Ou que são capazes de produzir um futebol do mesmo nível. Afinal, os paulistas têm sete vitórias e um empate em oito jogos, contra sete vitórias e dois empates dos cariocas, que fizeram ontem o nono jogo.
Ambos marcaram 14 gols e sofreram apenas dois, liderando seus grupos.
Mas como mentem os números! Há uma diferença abissal entre os dois times e não há hoje nada melhor para comprovar e mediocridade do futebol carioca do que justamente o fato de Vasco e Botafogo ocuparem os dois primeiros lugares na classificação.
Dois times horrorosos, capazes de produzir um futebol pobre de espírito e sem nenhum comprometimento com a qualidade do espetáculo.
Ruindade e limitação que não se restringem a estes dois.
Foi também sofrível ver o Flamengo apelar para a troca da camisa azarada (sic) no intervalo do jogo contra o Volta Redonda como estratégia para a virada sobre o limitadíssimo adversário.
Tanto como assistir ao Botafogo penar diante do Tigres, um time capaz de errar fundamentos primários com e sem a bola.
Pelo andar da carruagem, teremos mesmo dois confrontos entre os grandes clubes nas semifinais e depois mais dois jogos decisivos entre os vencedores destes duelos.
A rivalidade entre as torcidas salvará então uma competição que, pelo nível dos protagonistas, deveria ter portão franqueado ao público. Garanto que nem assim veríamos as arquibancadas preenchidas…
CARA-DE-PAU.
E ainda assim a Federação presidida por Rubens Lopes em aliança com os escudeiros Eurico Miranda, do Vasco, e Elias Duba, do Madureira, tem a coragem de passar o verniz nos números.
O site da entidade informa que o número de presentes até a oitava rodada supera o registrado no Estadual de 2014: 319.927 contra 188.598.
E também o número de pagantes: 272.599 contra 149.256.
Se esquecem os iluminados da entidade madrasta dos clubes do Rio que no ano passado o então Estádio João Havelange (hoje Nílton Santos) estava fechado, o que obrigava a transferência de algumas partidas para Macaé e Volta Redonda.
AMEAÇA.
E meio ao cenário tenebroso, o telefona toca e o interlocutor avisa que o meia Diguinho, que não teve o contrato renovado com o Fluminense, pode reforçar (sic) um grande clube do Rio.
Parei…