Só precisamos de mais um: Elias

Com as últimas contratações, muito se falou da mudança de postura da diretoria do Flamengo. Não faz mais sentido reforçar as laterais, nosso problema do pós-Carioca, já que contamos com Pico e Armero na esquerda, observados de perto pelo Jorge. A direita, que antes sofria com Pará, sumariamente ganhou os reforços de Luiz Antônio, que já declarou a vontade de atuar por lá, e Ayrton. O ataque também já está bem municiado, já que a saída de Alecsandro foi muito bem recompensada com as chegadas de Guerrero e Sheik (me darei ao direito de dar sua contratação como certa).

Não negarei que gostaria de um reforço para a zaga, pois a atual não me dá lá muita tranquilidade. Mas é algo improvável, salvo pela possível saída de Samir. O que a diretoria e a torcida continuam especulando, porém, é a chegada do tão sonhado camisa 10. Essa semana já rolaram boatos de Thiago Neves e, pasmém, Yoann Gourcuff! Os dois se somam a uma lista imensa de especulações. Um dos maiores alvos da diretoria é, entretanto, Elias, que não cumpre essa função. Com a política de austeridade já batida, é certo que a chegada de Elias inibiria mais alguma contratação. Valeria a pena trazer Elias, e não um armador? Sim!

Antes de mais nada, lembro que muitos acreditam ser impossível fazer nosso ataque render sem um 10 clássico. Isso porém, não é verdade. Muitos clubes brasileiros não tem algum jogador para exercer essa função, e até mesmo a Juventus, que se destacou na última temporada, tem um meio-campo composto por 4 meias recuados (Vidal, Marchisio, Pirlo e Pogba). É papel do treinador fazer o time render com as armas que tem, adaptando as outras peças.

A chegada de Elias encorparia nossa formação, que provavelmente escalaria 3 jogadores no meio: Jonas (Cáceres), Canteros e Elias, com o ataque bastante móvel (Éverton, Cirino, Sheik, Paulinho e até Guerrero tem muita movimentação). A diferença, sem o 10, é que nosso jogo seria menos cadenciado no meio, mais pautado em troca de passes e tabelas. Elias tem boa chegada e boa velocidade, algo já conhecido por nós e bem visto na partida entre Brasil e México. Na minha opinião, seria não o ideal, mas o mais cabível, no momento!

E vocês, o que acham?

Rodrigo Coli

rodrigo.coli@colunadofla.com