Se tem uma coisa que lamento, foi não ter tido a oportunidade de ver o Zico jogando. Por isso, nunca me cansei de ouvir as histórias da época que meu pai contou. Mas ontem, na 11 edição do Jogo das Estrelas, muitos ouvintes como eu tiveram a oportunidade de ter, ao menos uma noção, do que foi ver o Galinho e outros craques atuando.
Na arquibancada, muitos jovens com o nome de Arthur, não por coincidência, mas em homenagem ao ídolo rubro-negro, ouviam histórias de seus pais e avós sobre o passado. O placar do Maracanã com a mesma fonte de letra usada entre os anos 1970 e 1990, e a Charanga do Flamengo só aumentavam a nostalgia.
Com o começo do jogo, os gols foram saindo pouco a pouco. Os tentos de Léo Moura e Petkovic foram bastante festejados. Assim como as jogadas do Maestro Júnior e do ex-lateral Leonardo. Mas todos esperavam mesmo um gol de Zico. Com aproximadamente meia hora de jogo, o esperado por todos aconteceu. Robinho serviu Renato Gaúcho, que dominou e lançou na direita para Zico. O Galinho dominou e bateu cruzado, no fundo da rede em que fez isso 333 vezes na carreira e é o maior artilheiro até hoje.
Na hora do gol, com certeza passou um filme na cabeça de todos que o viram jogar. E nos mais jovens, o pensamento foi de poder contar que viu um gol do Zico no Maracanã.
Depois de marcar o dele, o Galinho de Quintino ainda teve outras grandes oportunidades. Porém, como bom anfitrião, preferiu servir seus convidados e comemorar junto com eles.
O placar da festa terminou com derrota para o time dos amigos de Zico: 10 a 9 para as estrelas do futebol. Porém, isso foi o que menos importou ao público de mais de 50 mil pessoas, que só festejaram.
Mais duro do que não ter visto Zico jogar deve ter sido ver o craque pendurar as chuteiras. Todo ano ele diz que foi o último, mas sempre acaba jogando. Que ainda jogue por muito mais tempo!
Fonte: Grito da Nação