Fonte: República Paz & Amor
O futebol do Flamengo – nos últimos anos, GESTÕES, partidas, campeonatos – agoniza mas não morre. O futebol do Flamengo, alguém sempre o socorre, ANTES DO SUSPIRO DERRADEIRO. Eu, você e a torcida do Flamengo sabemos que não é só o futebol do Mais Querido do Brasil. O da Seleção Brasileira, por exemplo, já morreu. Ou melhor, foi VIOLENTADO pela CBF. O de times menores, como o vasco, fluminense e botafogo, também, mas foram ressuscitados por “milagres” dos santos cartolas, santos tribunais, batizados por bebidas santas, como champanhe. Cada um dos meus 11 leitores tem a sua relação de degolas. Do campo, ao bendito Conselho. Do banco de reservas, a relação de vice-presidentes. Do Cristóvão, a quem mais chegar. Ou vocês acham que isso não está escrito no céu de não-brigadeiro rubro-negro? A partida contra o vasco foi um show de horrores, inclusive de ambos os lados. Só que do lado negro da força, os jogadores não estavam de ressaca. Eram apenas pernas de pau mesmo. Já no nosso lado, a ressaca puniu. Ressaca moral, dos nossos dirigentes que não tem – tirem as crianças da sala – culhones para impor uma política de austeridade e de responsabilidade (pra usar um termo bem familiar) dentro de um BANDO de atletas-selfies, atletas-artois, atletas-com-virose.
Mudaram toda a sua estrutura, te impuseram outra cultura, e você nem percebeu. Nelson Sargento canta o samba. Eu canto o Flamengo. Canto as mudanças, os avanços, a evolução administrativa, um canto de saudação e louvor. Mas, também, um canto de lamento. Quase que uma ladainha. Que faz um ode(sic) aos chutões, aos bicões, aos escorregões, aos passes errados, a um bate-cabeça que é reflexo de quem administra, contrata, manda embora, quer trazer de volta, e por aí vai. A diretoria do Flamengo, me faz lembrar a frase célebre de Sérgio Buarque de Hollanda: “Somos uns desterrados, dentro da nossa terra.” Isso é Raízes do Brasil. Isso é o Conselho de Futebol: uns DESTERRADOS dentro do Flamengo.
Não podemos e devemos nos calar quanto a isso. Perder é do jogo. É do esporte. É da disputa. Agora ter vinte e poucos % (me recuso a dar o número preciso) de aproveitamento no Brasileirão é uma VERGONHA. E uma vergonha que tem RESPONSÁVEIS. E eles precisam ser APONTADOS. Do presidente ao preparador físico. Dos 100 (CEM) mil de salário do Rodrigo Caetano (FORA O BAILE) ao técnico que é um SILAS sem religião, ou um Ney Franco sem o violão, ou ainda um professor tão medíocre quanto o Dunga, só que alfabetizado. Um time “formado” em JULHO. Em JULHO!!!!!!! Mês SETE. Se a maior virtude da atual gestão e do grupo político que a sustenta está fundamentada nos especialistas financeiros, é bom lembrar em ano de eleição que Consultores Financeiros, não são camisas 10, eles podem sem encontrados facilmente no MERCADO. E quem quer ou está fazendo política no Clube, sabe que os doutos das finanças são vitais para o nosso futuro. Mas, é bom que saibam também que aqueles que encontrarem no mercado especialistas em FUTEBOL, quem entenda e conheça, coisa que a atual gestão não encontrou, pode sair na frente na caça-aos-votos que começará mês que vem. SIM, mês que vem. Me cobrem.
Uma das minhas poetisas preferidas, Hilda Hist, tem um verso que me define: Costuro o infinito sobre o peito. Uma paixão infinita, um desejo infinito, que explodem de amor pelo Flamengo. E de ódio. Quando um jogador medíocre passa como quer pelo Pico, cruza a bola para RIASCOS (!!!) e lá estamos nós vendidos de novo. Me faz explodir de ódio de um meio de campo com três volantes. Medíocres. Me faz sucumbir de ódio pela falta de criação e por UM mísero “chute” a gol em 45 minutos de jogo. É Flamengo, inocente pé no chão. A fidalguia do salão. Te abraçou, te envolveu. ANTES DO SUSPIRO DERRADEIRO.
Pra vocês,
Paz, Amor e Nelson Sargento, 90 anos.