Depois daquele jogo lamentável contra o Cruzeiro, que terminou 3×0 porque o Cruzeiro diminuiu o ritmo e teve até bronca do diretor de futebol em vestiário flagrado por câmera de canal de televisão, você teve a esperança que alguma coisa ia mudar e que um montão de jogador que o tempo já expirou no Flamengo iria entrar numa barca para nunca mais voltar, né? Ledo engano, meu e seu.
Duas semanas depois da volta aos treinamentos e quatro semanas após o ocorrido, nada mudou. Com o caminho tomado, algumas certezas que, por mais que a gente reclame, não mudarão. E outras que, por enquanto, teremos que engolir por ser a preferência do técnico que lá está.
1) Time com três zagueiros
O time que vem treinando, tanto em Atibaia, quanto no Ninho do Urubu, vem sendo treinado com três zagueiros. Chicão, Wallace e Samir vão compor o setor para que o Flamengo deixe de levar gol em todo jogo. Com o elenco que gente tem e considerando o desempenho, acho que é bom caminho. Vamos torcer para que os jogadores se adaptem ao esquema.
2) Elano é titular
Eis que, com Elano recuperado, Ney Franco já tratou de arrumar vaga no time titular para o cara que parece de vidro. Não adianta reclamar, sofrer ou xingar o técnico. É uma decisão tão certa que não houve nem substituição em treino. É torcer para que vidro tenha sido reforçado e que ele consiga desempenhar um bom papel no Flamengo.
3) O Mugni é o último da fila
Com a preferência do Ney Franco pelo Mattheus no meio de campo do Flamengo, aquilo que já vinha se desenhando nos jogos antes da parada do Brasileiro, se concretizou: o Mugni não é a primeira (e acho que nem a segunda) opção para dar um pouco de criatividade ao meio de campo do Flamengo. O argentino, que chegou até a fazer boas atuações, principalmente quando entrou no segundo tempo, parece ser o ultimo (ou o penultimo) da fila de opções do Ney Franco.
4) Como não tem dinheiro, não há reforços
A diretoria não consguiu capitalizar para se ter reforços. E é uma ecolha não fazer novas dívidas porque tem a questão do comprometimento do pagamento de impostos. Não adianta reclamar, é a bandeira dos caras. Eles estão cientes de que esse time sem reforço não vai dar o dinheiro que eles tiveram no fim do ano passado principalmente em bilheteria, não são burros. Mas não querem arriscar e correr o risco de se enrolarem com o pagamento de dividas antigas. Concordando ou não, essa é a realidade do Flamengo. Vai continuar xingando ou vai se conformar? Eu queria o time reforçado e acredito que, inclusive, daria mais motivação para o Flamengo lucrar com ingresso e etc. Mas, pelo que se desenha, não é isso que vai acontecer.
5) Léo Moura é capitão e “imexível”
Ele pode até ter tirado a faixa de capitão no último jogo. O Flamengo pdoe até ter jogado um tempo inteiro sem um capitão. As atuações dele podem ser desastrosas, os gols dos adversários sempre tem a culpa dele mas o capitão do Flamengo é o Léo Moura. Jogador mais antigo do grupo, vitorioso com o Manto e líder do grupo. A esperança que ele estaria numa possível barca foi por água abaixo e parece que o capitão está mais firme do que nunca. Azar o nosso.
Eu já comecei a me conformar. Daquele jeitinho que é melhor aceitar do que ficar dando murro em ponta de faca. Por mim, mandava meia dúzia de gente embora, contratava dois ou três jogadores de peso para dar uma mexida nos jogadores que ficaram. Não aconteceu e parece que não acontecerá. Óbvio que os caras que comandam o Flamengo tem um parcela de culpa nisso mas o peso maior está nas pessoas que já passaram pelo Flamengo. A herança de glórias e títulos dentro de campo não é a mesma que fora de campo. Infelizmente.
Já estou com saudades do Flamengo em campo. Bom ou ruim, é o Flamengo. E é pelo Flamengo que meu coração bate mais forte!
Fonte: Primeiro Penta