Alice, com certeza, não seria rubro-negra. Chorava muito. Disputaria a Série B ano que vem. Nessa história, não tem personagem mais FLAMENGO do que o meu preferido: o Chapeleiro Maluco. É intenso! É divertido! É sarcástico! É passional! É inteligente! É LOUCO. 2014 foi assim para o Flamengo, e sua nova gestão. Um ano marcado pela filosofia do Chapeleiro: “Todo mundo pode ir a cavalo, ou de trem, mas o jeito mais legal é o de viajar no chapéu.” Alcançaram? Passamos anos de gestão rubro-negra, indo a cavalo (ou de burra) ou de trem, mas, atualmente, o jeito mais legal é viajar de chapéu! Em 2014, a base da nova política rubro-negra foi estabelecida. O nosso “New Deal”, aquela velha política norte-americana do Roosevelt pra recuperar a economia e assistir aos prejudicados pela Grande Depressão. Mais Flamengo impossível. “- O Senhor acha que estou enlouquecendo? Você está maluca, pirada, perdeu um parafuso. – Mas vou te contar um segredo. As melhores pessoas são assim…”
Então, se no primeiro ano os eleitos (vejam que evito o termo azuis, não gosto de nada relacionado ao Flamengo que não seja PRETO e/ou VERMELHO), estavam batendo cabeça pra encarar as dívidas alarmantes, a velha e boa política da Gávea, e a pior das dificuldades, o abismo que a falta de Flamengo (presença no clube, política, articulações) causava neles e entre eles – somada a arrogância política – e ainda assim, com a força da torcida, e a sorte que acompanha os principiantes, conquistaram o que interessa: TÍTULO! Ainda que, com um final de 2013 MELANCÓLICO, e a matemática que até hoje tremo só de pensar em refazer. O segundo ano foi todo “Chapeleiro”: “Se não tivermos a chave não podemos abrir aquilo que não temos com que abrir, então do que adiantaria encontrar aquilo que precisa ser aberto e que não temos, sem primeiro encontrar a chave que o abra?” Esse foi/é a grande questão dessa gestão: Encontrar a chave! Não é tarefa fácil. Me parece que aqueles que foram vitoriosos à frente do clube, jogaram ela fora. Talvez no fundo da Lagoa. Quem sabe com as obras da piscina ela pode ser localizada. Por enquanto, presidente Bapndeira, assim mesmo com essa grafia, segue trabalhando para localizá-la. Uma busca por caminhos muito tortuosos, que passa por reestruturação estratégica em áreas que nos são muito caras, como o Marketing, a Comunicação, os Esportes Olímpicos, a construção do Centro de Treinamento, e a administração da Gávea. Tive a oportunidade de circular entre essas áreas. De questionar o trabalho, de falar da minha indignação quanto a morosidade de alguns setores, de ter acesso aos números, as estatísticas, de verificar os grandes avanços, de reivindicar mudanças essenciais, de reclamar daquilo que, como torcedora, não está/estava bom. Vi em campo a mediocridade de um elenco, a dança de treinadores, a lanterna do campeonato, e uma ação de rara inteligência da oposição, de cobrar, de articular, de pressionar por ações urgentes no departamento de futebol, para evitar o desastre. Na busca pela chave, a gestão atual comete pecados capitais. E o diabo do rebaixamento, vocês sabem, está nos detalhes.
Se 2014 foi o ano do Chapeleiro Maluco, 2015 será o da Rainha de Copas: Cortem a Cabeça deles! O ano de eleição! Só nos resta saber a cabeça de quem será cortada. Até agora, a oposição dos memes, dos desenhos animados, das teorias de conspiração envolvendo blogueiros, ainda não mostrou alternativas para desbancar a nova filosofia que tanto seduz os torcedores (de redes sociais). Com as obras no Clube, com dinheiro entrando, com dívida diminuindo, a oposição vai ter que parar de brincar de facebook, e mostrar o que sabe de Flamengo, além de apresentar um candidato MUITO bem preparado para desbancar a situação. E, SIM, eu acho que a vitória do corpo transitório do CODE, foi pequena, mais significativa para as eleições presidenciais. A chave dessa gestão está escondida na Vice-Presidência de FUTEBOL; Aqui, a interpretação é livre. Mas, como diria o Chapeleiro-Rubro-Negro-Maluco: “A ilha de Tortuga só pode ser achada por aqueles que sabem onde ela fica!” E quem é que sabe? Situação ou Oposição?
Bom, “Eles dizem que para sobreviver (ao Flamengo), você precisa ser um louco (OU LOUCA) como um chapeleiro. O que por sorte: Eu Sou.” Então, quero desejar um FELIZ 2015 para todos os amigos e amigas que me acompanham aqui no MAGIA. Meus sinceros votos de mais um Brasileiro, mais uma Libertadores e mais um Mundial. Além de um Natal Feliz e Abençoado para todos. No meu caso, JÁ FAZ TEMPO QUE EU PEDI MAS O MEU PAPAI NOEL NÃO VEM. Será que o Wrobel terá competência de fazer uma rubro-negra feliz, de não repetir o erro de contratações (e falta delas) do passado? Na minha cartinha só tem três pedidos: UM MEIA, UM ATACANTE e UM LATERAL. Minha chuteira já está na janela.
Fonte: Magia Rubro-Negra