As diabruras do jovem tricolor Gabriel, que deu um lençol em Hernanes (que não gostou nem um pouco e fez cara feia!) e tentou meter uma bola por entre as pernas de Bernard me fizeram voltar no tempo e recordar dois outros momentos semelhantes, em preparações de outras seleções brasileira para Copas do Mundo.
Pouco antes do Mundial de 70, na Gávea, um jovem rubro-negro também roubou a cena, completando o time reserva dirigido por Zagallo. Chamava-se Geraldo, tinha o apelido de Assobiador, atuava no meio-campo e teria se transformado, com certeza, num dos maiores craques do nosso futebol, não acabasse morrendo tragicamente, aos 22 anos, vítima de choque anafilático, numa prosaica operação de amígdalas.
Jovem da geração de Zico era considerado, na Gávea, no mínimo, tão bom quanto ele. Foi, inclusive, convocado antes, pelo técnico Oswaldo Brandão, para a seleção brasileira.
Na Copa seguinte, outro jogador das divisões de base do Flamengo roubaria a cena: Rui Rei, que não chegou a ser craque, mas um ótimo atacante que, entretanto, encerraria a carreira marcado por um polêmico episódio em que, atuando pela Ponte Preta, acabou expulso, nos minutos iniciais da final do Campeonato Paulista de 1977, contra o Corinthians, clube que passaria a defender em seguida. Foi nesse ano que o Timão conseguiu encerrar um jejum de 23 anos sem títulos estaduais.
Fonte: Renato Maurício Prado