Fim dos Clássicos na ultima rodada do Brasileirão visa maiores públicos e rendas!

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Postado em: 27 de fev de 2013.

Preocupação com a segurança pública e baixo interesse do torcedor nos jogos foram os fatores determinantes para o fim da realização dos clássicos regionais nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, decisão tomada na última segunda-feira, em reunião na sede da CBF, e que contou com a presença de 19 dos 20 clubes da Série A – a Portuguesa foi a única ausente.
A questão da segurança foi uma das mais abordadas da reunião. Marcelo Medeiros, 1º vice-presidente e diretor de futebol do Internacional, um dos oito clubes que foram a favor da permanência dos clássicos, foi voto vencido, mas confirmou: o risco de brigas entre torcidas teve papel fundamental na vitória dos 11 clubes que defenderam o fim dos clássicos nas últimas rodadas.
– Não houve muita argumentação. Acontece que, em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, esses clássicos representavam um risco muito grande para a Secretaria de Segurança Pública. E, quando se levanta a questão da segurança, é preciso ter muito cuidado. Isso foi colocado em pauta – disse.
Públicos abaixo do esperado em jogos que garantiriam casa cheia em outras circunstâncias também pesaram. Na última rodada do Brasileirão 2012, o já campeão Fluminense enfrentou o Vasco diante de 5.470 pagantes no Engenhão.
– Clássicos jogados na última rodada provocam um esvaziamento no curso do campeonato – disse Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente do São Paulo.
Odílio Rodrigues, vice-presidente do Santos, acompanhou o raciocínio do dirigente tricolor.
– Na maioria das vezes, não altera o resultado, não tem importância alguma, perdemos um bom jogo, com direito a uma boa renda e em uma rodada sem nenhum efeito. Fora as dificuldades de se realizar clássicos na mesma cidade.
CLÁSSICOS ERAM GARANTIA DE CREDIBILIDADE
A CBF adotou os clássicos regionais nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro com o objetivo de evitar a existência de jogos suspeitos e possíveis “entregadas” de clubes querendo prejudicar os rivais. O Grêmio, um dos clubes que votaram pela continuidade do modelo, via tais jogos como a certeza de credibilidade para a competição.
– Não acredito que já existiu manipulação, mas as dúvidas existiam. Esse debate existiu. Os clássicos garantiram a credibilidade do Campeonato Brasileiro para o torcedor. Mas temos de respeitar a decisão. Não vivo a situação dos clubes de Rio e São Paulo e precisamos compreender que lá esses clássicos nas últimas rodadas não eram a melhor opção – disse Adalberto Preis, integrante do Conselho de Administração do Grêmio e representante do clube na reunião.
Quem lamentou o fim dos clássicos nas últimas rodadas foi o zagueiro Bolívar, hoje no Botafogo. Em 2009 ele defendia o Internacional, que lutava pelo título com o Flamengo, que viria a ser o campeão ao vencer o Grêmio, maior rival do Colorado na última rodada (veja detalhes do jogo abaixo).
– Acho ruim (fim dos clássicos), pois perdi um Brasileirão em 2009 jogando pelo Inter. Nós ficamos tristes, pois esses clássicos vinham acontecendo nos últimos anos, eram importantes. Ninguém quer deixar o adversário ser campeão. Mas temos de acatar.
‘CUTUCADA’ NO RIVAL
O atacante Luis Fabiano, do São Paulo, foi outro a comentar o fim dos clássicos nas rodadas decisivas do Brasileirão e lembrou, mesmo sem citar nomes, do duelo entre Flamengo e Corinthians de 2009  para lamentar a decisão tomada na última segunda.
– Não esperava que fosse acontecer, até porque no ano passado foi legal, emocionante. Infelizmente o Fluminense já era campeão, mas tinha equipes brigando por Libertadores, pra não cair. Achava que ia continuar, infelizmente mudou e espero que esse ano não tenha aqueles papelões, de cara entregando, goleiro que não pula em pênalti. Espero que isso não aconteça – destacou o jogador.
Fonte: Lancenet

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