Postado em: 18 de mar de 2013.
{{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}} Jorginho disse não ao Flamengo duas vezes depois que virou técnico de futebol, a partir de 2005. A primeira foi em 2009, antes da Copa do Mundo da África do Sul. O então auxiliar de Dunga no comando da seleção brasileira recebeu o primeiro convite. Depois de longas conversas com o amigo e parceiro, o ex-lateral chegou à conclusão de que eram duas coisas muitos grandes. O Flamengo aceitaria que ele conciliasse, mas o temor de comprometer os dois trabalhos o fez recusar a oferta. No ano passado, a diretoria do Rubro-Negro recorreu a Jorginho outra vez. Com contrato em vigor com o Kashima Antlers, do Japão, disse a Zinho, diretor de futebol do Flamengo na época, que não poderia quebrar o acordo com os dirigentes japoneses. Neste domingo, o tetracampeão, enfim, conseguiu dizer sim. A proposta feita pelo vice de futebol Wallim Vasconcellos e pelo diretor Paulo Pelaipe para substituir Dorival Júnior foi aceita de imediato. Ele tem contrato para comandar a equipe até o fim de 2014 e será apresentado às 11h desta segunda-feira. {{#values}} {{#ap}} {{/ap}} {{^ap}} {{/ap}} {{/values}} Jorginho, de 48 anos, chega ao Flamengo em situação parecida com a que viveu no Figueirense em 2011, seu principal trabalho até aqui. Chegou no meio do Campeonato Catarinense, perdeu a semifinal em casa para o rival Avaí, mas foi mantido e quase levou o time à Libertadores com uma campanha elogiável. Aquele trabalho, alías, é considerado pelos dirigentes rubro-negros como a principal referência de Jorginho. No Flamengo, o técnico terá a chance de trabalhar com o que ele chama de “start” bom. Isso porque o grupo ainda está em formação e a promessa do departamento de futebol é reforçá-lo para o Brasileiro e a Copa do Brasil. Antes, porém, precisa levar a equipe pelo menos à decisão da Taça Rio. A estreia será no sábado, no Engenhão, contra o Boavista. Jorginho, batizado na Igreja de São Jorge, em Quintino, não se furta de reiterar sua fé evangélica, mas disse algumas vezes que não repetiria o discurso inflamado do episódio em que pediu que o mascote do América fosse mudado de diabo para uma águia (relembre no vídeo abaixo). Ao longo da carreira, aprendeu a não misturar futebol e religiosidade. – Eu era um treinador jovem, imaturo, dei algumas declarações mais quentes. Nunca mais vai acontecer, foi coisa de momento. Não participo de orações, grupos e reuniões. Na Seleção, nunca participei. Foi assim no América, Goiás e Figueirense. Como jogador, eu participava – disse, em entrevista no fim de 2011. Nos últimos dias, o nome de Jorginho correu entre a ala evangélica do grupo rubro-negro. Alguns jogadores aprovavam o nome do treinador. No Flamengo, assim como na Seleção Brasileira, terá novamente sua capacidade de lidar com os jornalistas colocada à prova. Enquanto estiveram à frente do time canarinho, ele e Dunga adotaram a estratégia de abrir guerra contra a imprensa. Arrependeram-se. O treinador considera que errou em dois episódios em que foi para o embate com os jornalistas. O primeiro foi quando respondeu sobre as ausências de Neymar e Ganso na convocação para o Mundial da África do Sul: – Estão falando do Neymar e do Ganso como se fossem o Pelé. Por que não olhar pelo lado bom? A Copa é muito importante, emprega muita gente. Nós vivemos disso aqui, muitos jornalistas vivem disso aqui e muitos brasileiros valorizam isso aqui – afirmou. O segundo episódio ocorreu quando Jorginho acreditava que jornalistas deveriam fazer perguntas sobre a parte tática da equipe. – Por que vocês têm sido tão críticos, têm levado tudo para o lado negativo, mas não têm coragem de perguntar, de conversar com a gente sobre a Seleção, o treinador, o nosso trabalho? – questionou. Os quatro anos como auxiliar da Seleção mudaram a imagem de Jorginho, mas ele costuma dizer que continua sendo o mesmo da época em que jogava no Flamengo (campeão carioca em 1986 e brasileiro em 87), depois Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, São Paulo e Vasco. Agora, chegou a vez de apresentar sua versão técnico no clube de maior torcida do Brasil. Jorginho costuma usar uma frase diferente em cada apresentação para os jogadores. Uma das favoritas fala da confiança no trabalho. “Você pode ser um campeão se ninguém mais acreditar em você, mas você jamais será um campeão se você não acreditar em você mesmo”.
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