Mauricio Prado comenta a moda do 4-3-3, situação do Fla no Carioca e Engenhão.

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O esquema tático com três atacantes, dois deles bem abertos nas pontas, está virando moda no futebol brasileiro. Poderia até ser saudável, se significasse tendência ofensiva e diminuição dos “cães de guarda” na proteção à zaga. Infelizmente, na maoria dos casos, não é o que acontece. Inclusive na seleção brasileira, onde um solitário meia acaba sobrecarregado na tarefa de armação. 

O resultado disso são times que dependem de jogadores que não sabem passar, muito menos criar e andam povoando as intermediárias. Mas se o passe não é bem feito de que adianta escalar um trio na frente?
Pior: como os verdadeiros pontas foram extintos, faz tempo, o que vemos agora são jogadores improvisados, quase confinados a uma estreita faixa do gramado onde não conseguem render — até Kaká acabou exilado (e torto) na ponta-esquerda, no segundo tempo do amistoso contra a Itália!
Dorival Júnior andou tentando isso no Flamengo (com Carlos Eduardo de ponta!) e quebrou a cara. Vanderlei Luxemburgo está deixando o elenco do Grêmio de cabelos em pé, com idêntica experiência. E Scolari quer porque quer que o grupo que tem à disposição se adapte ao formato — uma releitura capenga do velho 4-3-3 que, na verdade, foi um prenúncio do 4-4-2 que se imporia na era moderna como o sistema mais eficiente e vitorioso do velho e violento esporte bretão.
Cada vez pior
Se a situação do Vasco na Taça Rio já é desesperadora, a do Flamengo também ficou bem complicada por causa da vitória do Resende sobre o Duque de Caxias. Graças a ela, com nove pontos em três rodadas (100% de aproveitamento), o atual líder do Grupo B abriu cinco pontos de diferença para o Fla, faltando apenas quatro jogos — e o rubro-negro não tem mais confronto direto com ele.
Em resumo, o Mais Querido precisará vencer todos os próximos compromissos e ainda torcer por duas derrotas do Resende. Não vai ser fácil. Até porque o time atualmente dirigido por Jorginho não vem jogando nada desde que perdeu a semifinal da Taça GB para o Botafogo, ainda nos tempos de Dorival.
Num campeonato esvaziado desde o início e agora avacalhado de vez com a interdição do Engenhão, só falta mesmo a Taça Rio ser decidida numa semifinal com dois grandes e dois pequenos. E essa é, no momento, a possibilidade mais provável.
Está na hora de rever a fórmula, o número de participantes, as datas e tudo mais no Estadual do Rio. Como diriam os jovens, “demorou”…
A pergunta que não quer calar
De quem é, afinal, a culpa nessa escabrosa, inacreditável  e indesculpável história do Engenhão?
Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado   

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