Direto ao ponto: Flamengo e Fluminense são favoritos. Um pela campanha mais consistente da fase de grupos, outro por ser o melhor time do Rio de Janeiro e atual campeão brasileiro e carioca.
Mas o Vasco, que tem a vantagem do empate, pode se impor no vigor físico, principalmente nos últimos vinte minutos, e aproveitar o desgaste do rival, que viajou para Talcahuano, sofreu para virar sobre o Huachipato por 2 a 1 na Libertadores e a semifinal no sábado tira um dia de descanso.
Se Abel Braga mantiver o 4-3-3 com Deco, que foi mal no Chile, na articulação, uma boa solução ofensiva será a velocidade de Wellington Nem para cima de Thiago Feltri, lateral com dificuldades na marcação e que inicia a primeira partida na temporada, e Renato Silva, nem sempre preciso na cobertura.
Já Gaúcho conta com a movimentação de Eder Luís, Bernardo e Carlos Alberto na frente para manter a produção do ataque mais positivo do campeonato, com 18 gols em oito partidas. A variação do 4-3-3 para o 4-3-1-2 vem confundindo os zagueiros, que não têm um atacante mais fixo como referência para a organização da retaguarda. Eder Luís explora a velocidade sempre por um dos flancos e Bernardo e Carlos Alberto alternam no lado oposto e pelo centro.
O trio ainda conta com o apoio de Pedro Ken e Wendel, sustentados por Abuda. O losango cruzmaltino pode forçar Thiago Neves a sair da esquerda e centralizar, já que Abel não admite superioridade numérica do adversário no meio-campo. O Flu vai precisar muito do dinamismo de Jean para marcar e jogar. O desfalque de Leandro Euzébio também prejudica o entrosamento da defesa.
Fred x Dedé, mais uma vez, será o grande duelo do clássico. O vascaíno não precisa mais sair tanto para cobrir o lado direito, já que Nei é lateral de ofício e cumpre melhor as funções defensivas. Mas uma falha pode ser fatal, como no gol do artilheiro tricolor no 1 a 1 da fase de grupos.
No domingo, a vantagem do empate deve proporcionar ao Flamengo uma arma letal: os contragolpes com o veloz Rafinha entrando em diagonal. Com Marcio Azevedo de saída do Botafogo e Antonio Carlos lesionado, o rápido atacante rubro-negro pode se posicionar à direita para as infiltrações entre Dória e Lima, os prováveis substitutos.
Oswaldo de Oliveira, porém, conta com Rafael Marques e Andrezinho nas vagas de Bruno Mendes e Vitinho para fazer diferente da derrota por 1 a 0 na primeira fase. Depois do gol de Hernane no início, o alvinegro teve 58% de posse de bola e finalizou dez vezes na direção da meta contra apenas três do rival. Sem sucesso.
O 4-2-3-1 do Bota segue dependendo de Seedorf, assessorado por Lodeiro. A dupla se procura para articular e finalizar. Com Gabriel mais plantado, a tendência é Fellype Gabriel sair mais para ajudar na armação. O meio-campo também precisa de mais combatividade para não oferecer novamente espaços generosos a Elias e Ibson.
Também Carlos Eduardo, que sai da ponta para o meio e circula às costas dos volantes adversários. Com mais ritmo de jogo, pode ser mais um a acionar Hernane, artilheiro do torneio com oito gols. A movimentação do novo camisa dez também poupa o centroavante de recuar para trabalhar como pivô e normalmente atrapalhar as ações ofensivas com passes ou domínios errados. Concentrado nas finalizações, o “Brocador” é perigoso.
A chance do Botafogo é aproveitar a marcação avançada do Fla nem sempre bem coordenada que abre espaços entre Cáceres, volante mais plantado, e a última linha da retaguarda. Os números defensivos do Fla são ótimos: apenas três gols sofridos em oito jogos. Mas muito se deve às defesas de Felipe, já que o time de Dorival Júnior concedeu oportunidades cristalinas até para rivais bem mais fracos, como Olaria e Nova Iguaçu. O goleiro ainda é dúvida e Paulo Victor pode ser o goleiro no jogo decisivo.
Previsão de dois bons jogos para, enfim, aquecer um morno Estadual.
Fonte: ESPN
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