Postado em: 11 de mar de 2013.
Entrevistamos Alexandre Wrobel, Vice-Presidente de Patrimônio do CR Flamengo. Ele é o único dirigente da administração anterior que permaneceu no cargo e trabalha com a nova diretoria do clube. Ele não dá detalhes mas confirma a intenção do clube em se modernizar, em ter um CT para o seu departamento de futebol e uma arena para esportes de quadra na Gávea.
Também revela que o clube está trabalhando num plano diretor para otimizar os espaços na Gávea e que a partir deste plano diretoria seriam definidas as modalidades esportivas que o Flamengo praticaria.
ER: Alexandre, em recente video postado na internet, você fala em diversas obras e melhorias no patrimônio do clube como um todo para um futuro próximo. É realmente verdade que nos próximos dois anos, o Flamengo poderá ter um moderno CT, um pequeno estádio na Gávea, uma moderna arena para esportes de quadra e a revitalização do Morro da Viúva?
AW: Vamos por etapas: O CT com toda certeza. Estamos trabalhando para resolver a questão financeira, possibilitando a imediata retomada das obras dos módulos do futebol profissional. Até o final do ano estaremos finalizando as obras dos módulos 16 e 17, entregando ao Flamengo uma estrutura de primeiro mundo. Logo em seguida daremos início às obras dos módulos do futebol de base. A revitalização do estádio da Gávea ainda é um projeto embrionário, assim como a arena. O contrato referente ao Morro da Viúva foi aprovado pelo Conselho Deliberativo no ano passado e assinado logo em seguida. Na semana passada conseguimos a aprovação do projeto junto a Prefeitura e a consequente expedição da licença de obras.
ER: Por que a torcida deve confiar que você vai conseguir fazer em cinco anos o que outros dirigentes prometeram há mais de 30 e não conseguiram fazer? Qual o seu segredo?
AW: Não tem segredo, nem mistério. Não estou prometendo nada. Acredito em trabalho, dedicação e seriedade. Eu adoraria um estádio na Gávea para 60.000 pessoas mas eu sei que isso é inviável. Então decidimos trabalhar visando o Maracanã.
ER: O CT de Vargem Grande será exclusivo do Futebol Profissional e das categorias de base?
AW: Exatamente. Serão dois CTs dentro de um único terreno. Um voltado para o futebol profissional e outro para as divisões de base.
ER: Falando do esporte olímpico, há uma grande rivalidade entre Flamengo, Pinheiros (SP) e Minas Tênis (MG), que superam o Flamengo, pois eles têm mais modalidades esportivas e estruturas permanentes para diversos esportes. O que o Flamengo pretende fazer em termos de estrutura olímpica na Gávea?
AW: Estamos trabalhando, juntamente com a Vice-Presidnência da Flá-Gávea e a Vice-Presidência de Esportes Olímpicos, na elaboração do plano diretor da Gávea, o que nos permitirá ordenar a ocupação dos espaços, planejando e executando o clube que nós sonhamos. Nesse contexto, serão atendidas as demandas passadas pela Vice-Presidência de Esportes Olímpicos.
ER: Muitos sócios sentem falta de duas estruturas que faziam parte da Gávea até os anos 90: a pista de Atletismo ao redor do campo de futebol e o estande de Tiro. São dois dos esportes que mais medalhas olímpicas dão, além da enorme tradição rubro-negra em ambos. Está nos planos do Flamengo a reconstrução destes espaços?
AW: Não sei informar. Vai depender das questões acima colocadas.
ER: Você também era o Vice-Presidente de Patrimônio na gestão Patrícia Amorim. Desde então se fala na modernização do Parque Aquático – coisa que o Fluminense fez recentemente. Como está isso? Por que a do Fluminense andou mesmo sem ídolos e a do Flamengo não?
AW: Chegamos a elaborar um projeto de revitalização do parque aquático, que estava orçado em aproximadamente R$4.000.000,00, porém infelizmente não conseguimos captar recursos para tal. Não tenho conhecimento do que foi feito no Fluminense nem tampouco do tamanho da intervenção realizada. Estamos trabalhando para resolver essa questão com a maior brevidade possível.
ER: A gestão Patrícia Amorim também acreditava na Canoagem e patrocinou diversos atletas da seleção brasileira, que nunca treinaram na Gávea porque o Flamengo não tem espaço para este esporte. É possível construir uma estrutura permanente para a Canoagem ao lado do Departamento de Remo?
AW: Dependeria de uma solicitação dos Esportes Olímpicos e da elaboração do estudo de viabilidade.
ER: O Flamengo tem dinheiro para reconstruir o ginásio da Ginástica Artística, que pegou fogo em Dezembro? Ou o seguro vai pagar a reconstrução?
AW: O Flamengo possui um seguro que já foi devidamente acionado visando à reconstrução do ginásio.
ER: Você também fala em ter um estádio na Gávea para 12 mil pessoas, que é pequeno para o time profissional de futebol. Ele seria usado apenas para amistosos de pré-temporada e categorias de base? O Atletismo pode se encaixar no estádio casa a pista seja reconstruída…
AW: A nossa ideia, ainda em fase inicial, é revitalizar o estádio da Gávea, transformando-o numa arena moderna, que serviria para jogos de pequeno porte, jogos das categorias de base, treinos e outros eventos.
ER: No projeto do estádio na Gávea, o Ginásio Togo Renan Soares seria sacrificado?
AW: Ainda não temos essa definição.
ER: Quanto à moderna arena a ser construída na Gávea, o McDonald’s já aprovou o negócio?
AW: Ainda está na fase do interesse mútuo. Estamos conversando.
ER: Especula-se que o Flamengo vai montar equipes profissionais de vôlei feminino e masculino. Com apenas dois ginásios (Arena McDonald’s e Hélio Maurício), cabem na Gávea as equipes de basquete masculino, futsal masculino, as de vôlei e as escolinhas?
AW: Hoje na realidade não temos nenhum ginásio na Gávea em condições de receber competições. Com a construção da nova arena e com a elaboração de um planejamento estratégico, acredito que seja possível acomodar todas as modalidades, dentro dos limites de bom senso e razoabilidade. Tudo dentro do Plano Diretor para a Gávea.
ER: Onde seria o estacionamento para os torcedores da arena e do estádio?
AW: Como falei, estamos em negociação. Portanto, as duas partes entenderam que ainda não é o momento de dar qual detalhes.
ER: O Flamengo ao longo de sua história teve tradição em diversas outras modalidades esportivas (Xadrez, Esgrima, Handebol, Ginástica Rítmica, Boxe, Tênis de Mesa, Vela, etc). Há alguma previsão do clube reconstruir estruturas para estes ou outros esportes na Gávea?
AW: Como te disse, essas questões devem ser definidas juntamente pela Fla-Gávea e Esportes Olímpicos, e adequadas dentro do plano diretor.
ER: Deseja deixar um recado final ao torcedor e ao sócio do Flamengo?
AW: Deixo uma mensagem de confiança! De confiança no futuro. Confiança de que estamos no caminho certo, no caminho de reconstrução, no caminho para recolocar o Flamengo no lugar de destaque que ele merece, em todos os sentidos! Sonho com um Flamengo estruturado, organizado, respeitado, que efetivamente sirva de modelo e referencial de sucesso. Não é simples, não é fácil, mas com muita determinação e com uma dose de sacrifício é plenamente possível. O Flamengo merece!
Fonte: Esporte Rio
E aí Nação, o que vocês acharam? Aqui você é o comentarista!
Essa nova diretoria não solta nada, não fica dando esperança que depois não possa cumprir. Parabéns diretoria!!!
ACREDITO NESSA NOVA GESTÃO.
NÃO É UMA MUDANÇA DA NOITE PARA O DIA,MAS, CREIO QUE DENTRO DE 1 A 3 ANOS O FLAMENGO CONSIGAR REALIZAR TUDO ISSO AE E MAIS AINDA.
NA VERDADE CREIO QUE O FLAMENGO JÁ ESTEJA AVANÇADO EM VARIOS PROJETOS, SÓ NÃO ESTÃO FALANDO PARA NÃO MELAR AS COISAS.
EU CONFIO NA CHAPA AZUL
Acho que as metas mais importantes para 2013 são:
1- recuperar a honra e credibilidade do clube junto ao mercado – o que será simbolicamente realizado quando o Flamengo conseguir a CND.
2- Depois de finalizada a auditoria, que será no fim do mês, e ter conhecimento do montante total da dívida do clube, começar o trabalho de reestruturação dessa dívida.
3- Capitalizar o clube através de patrocínios e do programa de sócio-torcedor. Tenho certeza de que a diretoria já tem um patrocínio fechado para o master assim que o contrato com a Adidas entrar em vigor em maio.
4- Finalizar a construção do CT.
Sinceramente, eu nem espero grandes contratações para o Brasileiro. Mas precisamos de uma sombra para o Hernane e outra para o Leo Moura. Eu torço mesmo é para que o Rafinha e Rodolfo deixem de ser promessas e se tornem realidade. Ter bons jogadores feitos em casa faz com que não precisemos comprá-los.
Se conquistarmos algum título esse ano será lucro, mas tenho fé de que estamos no caminho certo!