Marketing do Fla corre atras de 2 patrocinadores para gerar no mínimo R$ 80 milhões em 2013.

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O pagamento da imensa dívida de R$ 750 milhões do Flamengo passa, necessariamente, pela obtenção de novas receitas para o clube. Neste ponto, a participação efetiva do departamento de marketing do clube será mais do que necessária. Vice-presidente da pasta, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, demonstrou um otimismo invejável. O dirigente garante que não irá sossegar enquanto não levar ao menos R$ 80 milhões de receitas para a Gávea em 2013. O plano é ter a camisa mais valiosa da América Latina até o fim desta temporada. E, também, ir além do uniforme para buscar mais recursos.
No que tange a camisa, Bap garante, conversa com dois patrocinadores em potencial. Nas contas, já estão as verbas da Peugeot, de R$ 8,4 milhões neste ano, e da Adidas, de R$ 35 milhões. Restariam ainda quase R$ 40 milhões para chegar ao número desejado por Bap. A expectativa é que já na estreia do time no Campeonato Brasileiro, em 26 de maio, contra o Santos, o clube tenha em sua nova camisa da Adidas patrocinadores fortes.
“Vamos ter notícias aí seguramente antes do Campeonato Brasileiro. Vamos entrar a camisa da Adidas com, literalmente, mais peso. Vamos ser a camisa mais valorizada em patrocínios do Brasil. Até o fim do ano deveremos ser o maior da América Latina. Até dezembro nós vamos ser um dos três maiores programas de sócio torcedores do Brasil. “, empolgou-se Luiz Eduardo Baptista.
O ponto atacado internamente para atrair patrocinadores será cobrar ainda mais dos jogadores de futebol profissional que exponham as marcas durante jogos, treinos e entrevistas. Trocas de camisas com adversários, por exemplo, foram citadas por Bap como exemplo negativo. O recado foi dado em uma visita do vice de marketing ao Ninho do Urubu no início do ano, mas será cada vez mais ressaltado. A participação de jogadores em campanha dos patrocinadores será mais ativa. No Fla-Flu de domingo, por exemplo, o atacante Rafinha entrará em campo com o número 208 às costas, referente ao novo modelo de carro da Peugeot, patrocinadora do clube. O melhor jogador rubro-negro em campo eleito pela diretoria e pelos dirigentes da empresa receberá como prêmio o carro recém-lançado pela montadora francesa.
“Hoje em dia metade do salário do jogador vem do patrocinador, ainda que não diretamente. Estamos trabalhando para que os jogadores usem as marcas dos patrocinadores. Na hora que ele vai dar entrevista no intervalo, ele não usa as marcas, troca a camisa e expõe a marca do adversário”, argumentou Bap.
Com o obtenção de todas as certidões negativas de débito (CNDs), o clube espera um acordo com a Caixa Econômica Federal em valor superior a R$ 30 milhões. Mas o objetivo é encontrar outras formas de arrecadação além do uniforme do time de futebol. Neste ponto entra o Nação Rubro-Negra, programa de sócio-torcedor do clube lançado em 26 de março. Com 13 mil adesões atualmente, o programa está entre os dez maiores do futebol brasileiro. Bap voltou a reforçar o discurso de que o clube necessita da ajuda do torcedor para se reerguer financeiramente e até provocou os rubro-negros.
“Vocês têm o direito de chorar, espernear. Mas sabe qual a má notícia? Nada disso vai resolver. Quem pode mudar a história do Flamengo não são 12 executivos, mas 40 milhões de torcedores. O desafio que eu faço à nação é: vocês vão ficar chorando ou vão agir?”, indagou Bap.
A previsão é de que até dezembro o clube esteja entre os três maiores números de associados do gênero no Brasil. O dirigente alega que o programa de sócio-torcedor no estágio atual arrecada R$ 8,1 milhões anuais. Em comparação, demonstrou números de bilheteria do clube em 2012. Segundo ele, em quase 77 partidas na temporada foram R$ 7 milhões arrecadados.
“É um número pífio”, classificou o dirigente.
Outro ponto trabalhado pelo departamento de marketing se refere às lojas. Há 22 que eram classificadas como revendedoras oficiais. Agora, terão o rótulo de lojas oficiais do Flamengo e, para isso, pagaram luvas e mensalmente darão retorno financeiro por utilizar a marca do clube. A estimativa é de que o número salte de 22 para 60 até o fim do ano, aumentando o potencial de arrecadação. Além disso, o projeto ds embaixadas rubro-negras espalhadas pelo Brasil será retomado. Desta vez, o clube possibilitará aos embaixadores a venda de produtos licenciados e, com isso, a geração de retornos financeiros para ambos os lados.
“Isso vai ser uma semente importante para que o Flamengo. Esse tipo de acordo com lojas ele foi inédito para o Flamengo porque quando você abre loja em shopping, você paga luvas. Então vamos receber luvas e um aluguel sobre o uso da marca do Flamengo. As embaixadas, vamos retomá-las, mas sob o prisma de negócio”, afirmou Bap.
A necessidade de receitas do clube para cobrir o rombo da dívida faz o dia a dia do departamento de marketing rubro-negro correr. Não há nem tempo para chorar. Só, mesmo, de agir.
Fonte: ESPN

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