Arthur Muhlenberg comenta Carioca 2013 e sugere amistosos ao Flamengo para o ano que vem.

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Mesmo já tendo terminado pra nós há quase um mês, oficialmente o carioqueta 2013 só terminou ontem. É justo que os rubro-negros fechados com o certo percam uns minutos de vida fazendo um rápido balanço do certame do qual detemos a incontestável hegemonia. Antes de tudo os nossos cumprimentos ao Botafogo pela merecida conquista. Com seu 20 º titulo carioca o Foguinho abriu uma boa vantagem para o América. Parabéns.
2013 certamente não foi o Campeonato Carioca dos mais memoráveis, não apenas para o Flamengo, mas para o futebol carioca em si. Em função do seu decrescente valor de troca e do baixo nível técnico que espantou dos estádios até os torcedores mais tarados, o Carioca de 2013 teve médias de público e renda ainda mais baixas do que as previsões do mais pessimista dos gatometres.
Já faz um tempão que a cada ano o carioqueta piora, mas em 2013 vagabundo conseguiu se superar. Não só faltou torcedor nos estádios, também faltou estádio pros torcedores. Uma assustadora exibição dos dotes administrativos e organizacionais dos dirigentes esportivos da cidade sede da Copa e das Olímpiadas. Ora, num campeonato sem estádios era natural que o atual campeão carioca levasse vantagem. Nem que fosse pela vasta experiência em jogar sem público. Parabéns mais uma vez.
Mesmo com sua organização medieval, ou talvez justamente por ela, o carioqueta de 2013 serviu muito bem pra duas coisas. Primeiro, com o carioqueta foi possível pra qualquer torcedor rubro-negro que não bateu com a cabeça no cimento perceber com muita nitidez as deficiências do nosso elenco. O que foi indiscutivelmente uma triste constatação e um banho de água gelada nos mais empolgadinhos, mas deu pra fazer um diagnóstico confiável, instrumento mais do que necessário pra qualquer ação que venha a ser tomada em relação ao time visando futuras competições.
A outra coisa para qual serviu o carioqueta foi para o Flamengo se tocar que, por mais imenso que seja, não aguenta levar 15 times nas costas durante 5 meses. Rezo pra que o nosso incalculável prejuízo técnico e financeiro sirva ao menos de alerta para que os dirigentes comecem a pensar em alternativas viáveis para as atividades do Flamengo no primeiro semestre de 2014. De preferencia atividades lucrativas pro clube e prazerosas pra torcida.
Já sabemos que no Carioca do ano que vem continuaremos sem o Maraca e, quem sabe, pode ser que sem o Vazião também. O Flamengo bem que podia meter o pé na estrada e sair pelo mundo fazendo amistosos enquanto deixa o sub-20 cumprindo a tabela do rural. Não é ingratidão, respeito o Campeonato Carioca e conheço perfeitamente seu papel histórico no futebol nacional, mas já era, morreu. Não é justo que o Flamengo, e nem os outros clubes, se afundem a cada ano pra manter uma tradição.
Gostaria muito que a partir desse desastroso campeonato de 2013 a proposição de se abandonar o Carioca em troca de outros campos mais verdes não seja mais vista apenas como uma declaração iconoclasta e folgazã. O Flamengo tem que estudar o assunto com o empenho e a seriedade de quem abre uma nova fronteira no desgastado modelo de exploração econômica do futebol brasileiro. Vamos lá, Flamengo, mãos à obra! Sem medo! Se nós não dermos o primeiro passo em direção ao futuro não serão os times da arcoirislândia reunida que o darão. Aonde vai o Flamengo todo mundo vai atrás.
Fonte: Urublog

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