Em busca de novas fontes de receita, o Flamengo quer, nos próximos meses, começar a fazer toda a operação dos seus jogos – venda de ingressos, logística e outros serviços de organização. Normalmente, empresas intermediárias são contratadas para desempenhar esta função e acabam lucrando mais do que os clubes.
– Estamos trabalhando para não ter intermediários operando nossos jogos. Hoje ainda não conseguimos administrar uma partida sozinha, mas o clube caminha nesse sentido para um futuro muito próximo. Com isso, teremos todos os benefícios de uma operação de jogo – afirmou Rodrigo Tostes, vice de finanças do Flamengo.
Um exemplo recente envolvendo o Flamengo foi na estreia no Brasileirão, contra o Santos, no Mané Garrincha, em Brasília. Na partida, a renda beirou os R$ 7 milhões e o Peixe – que era o mandante – recebeu apenas R$ 800 mil. As federações brasiliense e paulista também ganharam partes. Pagando os custos, a empresa que comprou o jogo lucrou mais de R$ 4 milhões.
Além dessa alternativa, o Fla vai buscar clubes com menos apelo de torcida para, quando forem mandantes, levar os jogos às novas arenas, oferecendo em troca parte da receita.
– Sentaremos com os clubes menores para tentar levar os jogos para locais que sejam interessantes também para eles e, assim, termos participação na receita. Isso vai de encontro do que queremos com o sócio-torcedor, pois queremos ativá-lo quando jogarmos fora – ressaltou Tostes.
Enquanto não começa a operar os jogos, o Flamengo estuda duas possibilidades: vender a partida com cota fixa ou ter participação na receita.
Fonte: Lancenet