Depois de um mês de uma parada forçada, finalmente estaremos às voltas com o que mais gostamos de ver, hoje tem Mengão em campo. Tudo bem que é amistoso, mas isso pouco ou nada importa, até porque depois de um tempo só conferindo notícias de supostos bons trabalhos do time sob nova, e competente, direção, vamos ter uma ideia se o que a gatomestragem da nossa cobertura esportiva tentou transmitir correspondia ou não à realidade.
Mas peço licença pra deixar esse amistoso de lado e escrever sobre o que realmente importa. Semana que vem teremos outra vez o Mengão aqui em Brasília, e é mais uma chance deu fazer o que cabe a todo pai rubro-negro, colocar suas crias no bom e saudável – há controvérsias sobre o saudável – caminho do rubronegrismo. Tudo leva a crer que eu esteja tendo sucesso nessa empreitada, mas são 3 filhos, meus Gostosinhos, e qualquer falha é imperdoável. O Caio, mais velho, é flamenguista de carteirinha, nasceu e foi logo sendo Penta TRI Carioca e Hexa Brasileiro, mas acontece que de lá pra cá ele, e nós, tivemos muito pouco motivo pra comemorar. Por isso toda e qualquer chance de reforçar esses laços é muito bem-vinda, e ver o Mengão em campo junto com a Magnética é a melhor forma de fazê-lo.
A primeira e inesquecível experiência do Pingo, foi no Maraca mesmo, em 2009, o ano mágico! Ele tinha um aninho e o levamos ao Jogo das Estrelas, promovido pelo eterno, imortal e grande escudo anti-bullying da minha infância, o Galinho de Quintino. Tínhamos acabado de ser campeões brasileiros depois de uma incômoda fila de 17 anos e a Magnética fez o favor de colocar mais de 80 mil pessoas nas arquibancadas do Maraca. Não era jogo do Flamengo, mas era. As cadeiras e arquibancadas cobertas por dezenas de milhares de mantos sagrados e os cânticos não deixavam dúvida.
E nesse ambiente fértil brotou um novo e empolgado membro da Nação. O Caio vibrou, cantou e não parou um segundo sequer. Era a massa puxar o “Dá-lhe dá-lhe dá-lhe ô….Dá-lhe dá-lhe dá-lhe ô” que o lourinho enlouquecia. Não perdi a oportunidade e passamos umas boas semanas só cantando isso.
Depois disso, não preciso lembrar, a história não foi muito grata com a gente. Foram 3 anos bem mais ou menos. Mas eis que no início desse Brasileirão tivemos a oportunidade de reforçar esse laço. Acontece que a experiência foi bem meia boca. O Mané tava lotado, bonito (estaria perfeito se tivesse custado 1 bilhão a menos), mas a massa, permitam-me a observação, nem de longe lembrou a Nação do Maraca. Pra complicar, nada de gols e uma evidente frustração nos olhos do Caio. Ele passou o jogo todo perguntando quando faríamos o gol, e o pior é que tivemos chances mil de fazê-lo.
Bom, o fato é que teremos outra chance de reforçar esse laço, sábado que vem tem mais Flamengo em Brasília, dessa vez contra o Coritiba. Vou pegar minha carteirinha de sócio-torcedor e ajudar a lotar mais uma vez o Mané. Que façamos a festa, não só da Nação, mas de um pai que ver seu filho sorrir, sorrir em rubro-negro.
Felipe Freire, de Fortaleza pro Rio, do Rio pra Brasília e de Brasília pra Nação.