Os serviços nem foram como nos jogos da Copa das Confederações. Mas custa muito caro para os clubes brasileiros jogarem nos estádios construídos para o Mundial, com ‘padrão Fifa’.
Foram seis jogos nessas arenas no Brasileiro-2013. Em quatro deles houve cobrança de aluguel. E nessas partidas os donos das arenas arrecadaram R$ 1,037 milhão com a locação, o que dá uma média de R$ 259 mil por jogo.
Nas seis primeiras rodadas, outras 21 partidas tiveram cobrança de aluguel. E o valor total arrecadado com isso ficou em R$ 437 mil, ou R$ 22,5 mil por partida.
Assim, o aluguel médio de um jogo num estádio “padrão Fifa’ é mais de 11 vezes maior do que num estádio “padrão brasileiro”.
Com despesas de aluguel nas alturas, até jogos com boas rendas brutas dão prejuízos nos novos estádios brasileiros. Vitória x Internacional, na primeira rodada, vendeu R$ 248 mil em ingressos na Fonte Nova. Mas, pagando R$ 165 mil para usar a arena, o clube baiano teve um prejuízo de quase R$ 60 mil. Pior aconteceu no clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, em Recife, no último domingo.
O jogo teve uma ótima renda, com quase R$ 400 mil. Mas o aluguel custou R$ 270 mil, e a partida acabou no vermelho (mais de R$ 40 mil).
Arrecadações semelhantes mostram o quanto o aluguel alto influi no lucro dos clubes. O Bahia pagou quase R$ 250 mil para usar a Fonte Nova contra o Corinthians, no último domingo. A renda bruta foi de R$ 1,038 milhão, e o lucro de quase R$ 530 mil.
O mesmo Corinthians arrecadou R$ 993 mil no jogo contra a Portuguesa, no Pacaembu. Lá, a Prefeitura paulistana cobra, no máximo, R$ 74 mil pelo uso do estádio. Assim, o lucro corintiano no jogo foi de R$ 646 mil.
O aluguel mais alto deste Brasileiro foi pago pelo Flamengo, no Mané Garrincha, em Brasília, contra o Coritiba. Foram R$ 351 mil, ou o equivalente a 74% do valor de todas as locações neste Brasileiro em arenas que não foram construídas para a Copa.
Fonte: ESPN