Ele pode até queimar a minha língua: mas até pela idade (29 anos), o volante Val, que veio do Mogi Mirim, me parece não passar de um genérico do apenas esforçado Amaral, que já está no Flamengo faz tempo. Pra que, então, contratá-lo?
Enquanto esteve em campo, diante do fraco Asa de Arapiraca, Val não acertou nada, comprovando o equívoco de Mano Menezes ao escalá-lo — aliás, é um grande mistério o que leva os técnicos a insistirem em jogar com tantos marcadores contra adversários que mal tem capacidade de atacá-los!
Somente quando Val saiu (e em seu lugar entrou o jovem atacante Nixon), o rubro-negro descobriu o caminho do gol e venceu por 2 a 0. Tomara que Mano tenha percebido que empurrar Elias para as funções de meia só piora o seu desempenho. Ele é bom marcando e chegando ao ataque vindo de trás (como faz, por exemplo, Paulinho, que era do Corinthians). Elias não tem nem cacoete de maestro.
Bom? Nem tanto
O que acho do acordo do Fluminense com o Consórcio do Maracanã? Minha avó já dizia: quem está com a corda no pescoço sempre faz o pior negócio. Precisa dizer quem era o enforcado?
O tricolor ficou com os ingressos dos lugares de menor valor (atrás dos gols) e não terá participação alguma no que o consórcio ganhará com a venda dos camarotes e dos assentos mais caros. Além disso, não verá um tostão da renda dos bares, restaurantes, estacionamento, publicidade estática etc.
Um cálculo, por alto, indica que o tricolor abiscoitará aproximadamente 30%, no máximo 35%, do faturamento total. Cota justa para quem, afinal, leva todo o público consumidor ao estádio?
Por fim, um detalhe problemático: se o sócio-torcedor quiser comprar, com desconto, ingressos fora das áreas mais baratas (aquelas que pertencem ao clube, atrás dos gols), caberá ao Flu pagar a diferença ao consórcio. Bom negócio?
Fonte: Blog do Renato Mauricio Prado