O Flamengo entrou em campo com uma vantagem confortável. Os 2 a 0 conseguidos em Arapiraca deixaram a classificação encaminhada, o que pode justificar em parte a atuação pouco inspirada do time, principalmente diante de arquibancadas vazias, depois de longo tempo longe de casa. A curiosidade é que diante de um adversário tão mais fraco, que sofre para fugir da zona de rebaixamento da Série B, o Flamengo sem inspiração ainda foi melhor em quase todas as estatísticas da partida.
As únicas exceções ficam por conta da posse de bola (54% do ASA contra 46% do Fla), passes errados (29 do Rubro-Negro e 26 do time alagoano) e jogadas de linha de fundo (4 a 5). O time de Mano Menezes finalizou mais (10 a 6), teve mais escanteios (12 a 5) e roubou mais bolas (16 a 11).
Os erros de passe prejudicaram a criatividade do meio-campo. A criação, inclusive, foi um ponto criticado por Mano, mas já com a justificativa na ponta da língua: Gabriel e Carlos Eduardo, responsáveis pela função no time, foram poupados. Os dois estão longe de serem inquestionáveis, mas na opinião do técnico, o time perdeu fluência sem a dupla.
Sem conseguir fazer tabelas e triangulações, a alternativa natural é a bola alçada na área. Não à toa o Flamengo levantou a bola 24 vezes contra apenas dez dos alagoanos. Foi assim que conseguiu seus dois gols. Contra um rival fraco, um mínimo de brilho teria rendido uma goleada, mas o Flamengo limou-se a fazer o suficiente. Segundo Mano, no momento isso bastou.
Fonte: GE