Cosme Rimoli: “Paulo Autuori percebeu que o Flamengo é fraco.”

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Penâlti infantil de Luís Antônio. Tranco em Lucas Evangelista. 42 minutos do segundo tempo. 0 a 0 em Brasília. O São Paulo há onze partidas sem vencer no Brasileiro. Paulo Autuori já havia barrado Rogério Ceni das cobranças. Definido Jadson como o cobrador oficial. O meia corre para a bola. Há jogadores do São Paulo de joelho no gramado, pedindo ao céus que saia o gol.
Só que de nada adianta esse apelo ao divino. A cobrança é ridícula. Sem confiança alguma, o chute sai mascado. Entre o meio do gol e canto esquerdo de Felipe. O goleiro flamenguista defende sem o menor esforço.
Jadson, tal qual uma criança, puxa o próprio calção de raiva. O lance define bem o que acontece com o São Paulo. É uma equipe que tem muito medo com o fantasma do rebaixamento rondando. Os jogadores estão pressionados, tensos demais e hoje havia toda a chance do início de uma arrancada.
O Flamengo de Mano Menezes é uma equipe limitada. Com jogadores apenas esforçado, liderados por Elias, dominou o primeiro tempo, mas pouco criou efetivamente.
Paulo Autuori apostou de novo em Ganso e mais uma vez o meia foi uma enorme decepção com outra atuação burocrática. O pior é que está influenciando outros jogadores. Osvaldo, irreconhecível. Nem parece o atacante insinuante, driblador que quase disputou a Copa da Confederações. Se encolheu, mostrando falta de personalidade neste momento difícil.
Aloísio também tem se mostrado um erro. Corre descontrolado, sem levantar a cabeça. Levantando apenas a mão. Há uma semana, seu braço anulou o gol de empate contra a Portuguesa. E hoje novamente quis marcar dando um tapa na bola. Atitude desleal que foi muito bem anulada por Ricardo Marques Ribeiro. Tomou amarelo. O tapa de Aloísio foi o que mais importante fez o São Paulo no primeiro tempo.
Na etapa final, Autuori mudou taticamente o jogo. Percebeu que o Flamengo é um time fraco. E fez o São Paulo marcar a saída de bola. Como se enfrentasse uma equipe pequena, dominou a segunda etapa toda. Autuori havia se livrado de Osvaldo e Aloísio. Lucas Evangelista e Ademílson escancararam a defesa carioca. Foi quando ficou clara a insegurança nos arremates.
Jadson e Wellington chegaram a ficar livres diante de Felipe. Mas as pernas tremiam na hora do arremate, do chute a gol. A insegurança gritava do estádio Mané Garrincha.
O Flamengo também demonstrava um débil estágio físico. O time estava cansado, sem força. Aceitou passivamente o domínio dos paulistas. Tudo encaminhava para uma derrota. Até mesmo o pênalti aos 42 minutos minutos. Quando Jadson tremeu no pênalti.
‘Eu não sei explicar o que está acontecendo. Nunca vivi fase dessas na minha carreira. Mas tudo tem uma primeira vez. Está duro, difícil’, desabafou Rogério Ceni.
O time já chegou a 12 jogos sem vencer no Brasileiro. Ganhou uma só partida nas últimas 19. E desperdiçou chance rara hoje em Brasília.
O Flamengo de Mano Menezes pediu para perder o jogo. Mas nem assim. Sem personalidade, o São Paulo vai se complicando. Continua como penúltimo colocado do Brasileiro. Mergulhado na zona do rebaixamento. É um time que desaprendeu a vencer. E jogou na lata do lixo dois fundamentais pontos.
Mais do que isso. Fez questão de não abandonar o clima de velório. Luís Fabiano, Rogério Ceni e Jadson deixam claro. Está faltando personalidade até para cobrar um pênalti. Quanto mais sair da zona do rebaixamento. Se apaixonou pela crise…
Fonte: Blog do Cosme Rimoli

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