O Corinthians às vezes chega a ser engraçado.
Diante do Luverdense, num Pacaembu tão desconfiado que não lotou (28.576 pagantes), mandou bola no travessão viu Guerrero, o homem dos gols no Mundial de Clubes, perder a oportunidade mais clara de todas desde que chegou ao alvinegro.
Sorte dele que, em seguida, aos 30, Pato bateu falta da entrada da área e o goleiro Gabriel Leite aceitou um frango, franguinho de leite.
Em compensação, acredite, aos 35, Cássio teve de fazer milagre em cabeçada de Tozin.
Verdade que, no ataque seguinte, o goleiro mato-grossense tirou com o rosto um gol feito de Ibson.
Mas o campeão mundial não se impunha como tal, embora, diga-se respeitosamente, que o Luverdense é um time bem organizado taticamente e que não existem mais bobos no futebol.
Aos 42, Douglas deu para Guerrero, na marca do pênalti, perder mais um gol e o Corinthians quase foi para o intervalo apenas com a garantia de que iria aos pênaltis.
Mas, aos 44, Douglas cruzou, Ibson desviou e Fábio Santos fez 2 a 0, na primeira participação importante de Ibson, com a camisa corintiana.
Com o resultado de que precisava, era de se esperar que o Corinthians, sem ansiedade, se impusesse.
Até ameaçou ser assim, mas não foi.
Tanto não foi que, aos 22, Alessandro entrou no lugar de Ibson, indo Edenílson para o meio de campo, talvez uma solução para o futuro.
Porque, tambëm, imagine, o Luverdense não deixou o Corinthians à vontade e voltou para casa certo de que, com um pouquinho de sorte, teria conquistado a vaga.
Na Vila Capanema (10.784 pagantes), em Curitiba, com Éderson, numa falha colossal de Henrique, o Furacão saiu na frente do Palmeiras, com justiça, pois o próprio artilheiro e Delatorre, já haviam desperdiçado claras chances de gol.
O gol paranaense nasceu de um arremesso lateral e contou com um toque brilhante de meia puxeta de Ederson, aos 34.
Restava saber se o Palmeiras seguiria se defendendo para ir aos pênaltis ou se mostraria mais corajoso para não depender de pênaltis, até porque, atrás, era enorme o risco de tomar mais gol.
O Furacão seguiu mais perto mesmo do segundo gol que o Palmeiras do empate.
E Paulo Baier, ao pegar o rebote de Fernando Prass de um petardo de Éderson, aos 21, fez o segundo gol redentor.
Era absolutamente justo.
E o Atlético seguiu mais perto do terceiro gol que de tomar um.
Perdeu um incrível, mas fez 3 a 0 em seguida, de novo com Éderson, endiabrado, para liquidar a fatura.
O blog não acompanhou nem o 1 a 0 do Maracanã (47.103 pagantes) que deu a vaga ao Flamengo contra o Cruzeiro, com gol de Elias, para variar, aos 43 do segundo tempo, nem a vitória do Grêmio sobre o Santos, por 2 a 0, gols de Souza e Werley, aos 9 e 42 do segundo tempo.no estádio gremista com 25.871 pagantes.
De todos os classificados, o blog só errou, como sempre, com o Flamengo.
Ao ver os melhores momentos, pareceu claro que o Cruzeiro se amedrontou e deixou o Flamengo mandar no jogo, sendo castigado no fim.
Toda vez que o blog esquece o fator manto sagrado, se dá mal…
Fonte: Blog do Juca Kfouri