Arthur Muhlenberg crítica ausência de Carlos Eduardo no Fla.

Compartilhe com os amigos

Tem três coisas que estão acontecendo toda hora no Flamengo para as quais eu já não tenho o menor saco. A saber: Cadu, Campeonato Brasileiro e jogo com o Goiás. Já deu pros três, né? Do Cadu fiquei sabendo que estamos temporariamente livres. O esforçado meio-campista será poupado para compromissos mais importantes da sua movimentada agenda social. Esse negócio de se arrastar em campo deve cansar um bocado. Tem que repousar mesmo, porque esse rapaz, com todo respeito, parece que está permanentemente de chico.

Sim, estamos livres do veloz e participativo Cadu, mas já avisaram que a promoção é só até sábado. Ponto pro meu saco. Mas por outro lado continuamos no interminável inquérito do Brasileiro, onde a cada semana um matemágico loquaz apresenta uma nova linha de corte para a guilhotina do rebaixamento. Isso é marketing, senhores. Marketing brutal e sem escrúpulos. Nos vendem o medo para manter nossa atenção total, consumindo um campeonato chato pra caramba que se resolveu há dois meses. É nós, otários, compramos.
Como em geral somos néscios ou preguiçosos demais para fazer contas (por isso historicamente todos nos roubam na maior cara de pau) e acreditamos em tudo que imprimem e dizem pelo tubo, estamos nos preocupando desnecessariamente por um campeonato onde o Flamengo já garantiu sua classificação na elite do G16 desde que o Jayme assumiu a firma. Brasileiro já era, ainda mais disputando nossa atenção com um mata-mata de raiz como a Copa do Brasil.
Brasileiro por pontos corridos, que premia a regularidade, o planejamento, alimentação balanceada e a manteiga sem sal é um ótimo programa pra quem gosta de futebol e é um cara legal, que dorme de lado pros roncos não incomodarem a patroa. Já um mata-mata violento e injusto, um combate singular que alça o vencedor aos píncaros da glória enquanto lança na sarjeta esportiva o derrotado coberto pelo opróbio para ser zoado nacionalmente, é pra quem gosta de ganhar campeonato e de ver filme de violência depois do Fantástico. Que, obviamente, é a imensa maioria da humanidade brasileira.
É por isso que assim que a chapa esquentou na Copa do Brasil o Brasileiro virou automaticamente um produto de segunda linha. Reparem, até o Flamengo, o Flamengo, agora joga sábado. É muito fim de festa. Reitero, Brasileiro já era. Valeu, um abraço, até o ano que vem, malas! Mas como não podemos simplesmente mandar nossos parceiros e patrocinadores, que são amigos de fé e irmãos camaradas, dar um rolé pra ver se estamos na esquina enquanto nos concentramos totalmente na Copa do Brasil, temos que cumprir tabela e levar essa palhaçada até o fim.
Numa coincidência que sublinha, para nós da antiga, a ainda exótica prolixidade do Brasileiro, a tabela marca outro Flamengo x Goiás no Maraca. Um jogo que, na humildade, mesmo quando vale alguma coisa já não é essa coca-cola toda. E é muito menos coca quando é reprise de um jogo igual que acabou há menos de 72 horas. Pra facilitar as coisas e atrair ainda mais doentes e psicopatas ao estádio marcaram o jogo em horário cômodo e que não atrapalha em nada o desfrute das muitas opções de lazer da vibrante noite de sábado carioca, 21:00 horas. Puxa, vai bombar.
Preferia não ter que abordar o assunto futebol, em respeito ao notório maior conhecimento dos leitores. Mas não posso me furtar a fazer um mau presságio. Só pra fazer teste. Não para nós, mas pro Foguinho, que é o maior interessado na vitória do Mengão Papaizão de Todos os Pequenos do Rio.
Visualizem o cenário. O Goiás mordido após ser derrotado duas vezes e sair chorando do play. Tadinho do gordinho, mas eles ainda almejam qualquer mixaria aí no campeonato. O Flamengo com o boi tecnicamente na sombra, sabiamente poupando seus maiores valores, exceto o fominha Hernane e com uma vontaaaaade daquelas de jogar muito pra ganhar 3 pontos e avançar até o… 10º lugar do Brasileiro. Hum-hum, grande objetivo. Pode crer, vai ser um jogão. Depois me contem como foi.
E antes que eu dê meu tradicional perdido, um último, mas não menos importante, blá. Como eu disse há uns dias, nessa reta final do Brasileiro, que pra nós já está resolvido, é a hora da união das torcidas cariocas. Sejamos magnânimos e bairristas. Agora chegou a vez, vou cantar, futebol carioca em primeiro lugar.
O Vice já tá bem encaminhado, o lance é o tricolor não deixar o bacalhau tomar muita distância. O Flor, se pretende mesmo unificar os cinturões das Séries A, B e C tem que ser guerreiro e colar na baranga. E já que estamos tratando de minudências, é quase impossível não torcer pelo sucesso do Foguinho. Afinal, é o futebol carioca, gostemos ou não, galera. Vamos juntos, com força total ajudar os sem-ônibus a serem o Rio na Sulamericana. Um abraço, Rio. Valeu, Brasil!

Fonte: urublog
Compartilhe com os amigos

Veja também