Os nervos dos torcedores cariocas estão em frangalhos. Tricolores e cruz-maltinos andam apavorados com a possibilidade de novo rebaixamento, botafoguenses sentem a vaga na Libertadores escorrer por entre os dedos e rubro-negros aguardam ansiosamente a reta final da Copa do Brasil, que pode lhes salvar um ano até agora feito apenas de provações. Os próximos capítulos prometem…
Somente a conquista do Flamengo salvaria a pátria do Rio de Janeiro.
Após quatro anos, nos quais o Rio ficou três vezes com o título brasileiro (Fla, em 2009, e Flu, em 2010 e 2012) e ainda abiscoitou uma Copa do Brasil (Vasco, em 2011), somente a (inesperada) conquista do Flamengo salvaria a pátria da Cidade Maravilhosa no “velho e violento esporte bretão”, em 2013. Mas, ainda assim, o prestígio da antiga Guanabara (alguém se lembra?) sairia bem arranhado em caso de novo rebaixamento — principalmente se vier em dose dupla. Que fim de ano!
Encolheu?
Com ou sem Walter (como o Botafogo pode comprovar), o Goiás é um adversário de respeito para o Flamengo, no jogo de amanhã, pela Copa do Brasil. A vantagem de poder perder por 1 a 0, e ainda assim garantir a vaga na final, não deve fazer o rubro-negro modificar sua maneira de jogar que, nesta competição, desde que Jayme de Almeida assumiu, vem dando bons resultados — vide as eliminações de Cruzeiro e Botafogo. Em tempo: por que apenas 50.500 ingressos foram colocados à venda? Na final da Copa das Confederações 73.531 pagaram ingresso. O novo Maracanã já encolheu?
Qual o segredo?
Se somarmos as folhas de pagamento do Atlético Paranaense (vice-líder do Brasileiro e semifinalista da Copa do Brasil), do Goiás (quinto colocado no Brasileiro e semifinalista da Copa do Brasil) e do Vitória (sétimo colocado, ainda com chances de ir a Libertadores e à frente de todos os paulistas na tabela de classificação) talvez não se chegue nem à metade do que gastam, por mês, os grandes de Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul. Detalhe: nenhum dos clubes supracitados têm craques badalados no elenco. Será que os dirigentes dos centros mais ricos não têm nada a aprender por lá?
Aliás…
Os chamados técnicos de ponta no Brasil valem o que cobram? Exceção feita a Muricy Ramalho, em sua vitoriosa volta ao São Paulo, nenhum medalhão brilhou neste Brasileiro e muitos deles pagaram (ou ainda estão pagando) micos.
Pela Libertadores
Além de torcer pelo próprio time, o botafoguense agora precisa secar o São Paulo, na Sul-Americana e o Flamengo, na Copa do Brasil.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado
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